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Eduardo Paes diz que não quer o dinheiro de Brasília

Publicado em Eixo Capital

POR ANA MARIA CAMPOS — A senadora Leila do Vôlei (PDT-DF) questionou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), sobre o pedido feito por ele para que o presidente Lula reconheça o Rio de Janeiro como “capital honorária do Brasil”. A primeira brasiliense eleita senadora pelo Distrito Federal, manifestou preocupação de que o pedido pudesse impactar os recursos destinados a Brasília, que recebe verba da União para custear a segurança pública, a saúde e a educação, pelo Fundo Constitucional do DF.

Paes destacou que a proposta tem caráter simbólico e busca reconhecer a importância histórica do Rio para o país, sem qualquer intenção de retirar verbas do DF. “Essa coisa da capital honorária é uma homenagem. Não tira nada de Brasília, não manda mais dinheiro para o Rio”, enfatizou o prefeito. “O Rio tem uma imagem internacional muito forte, e esse reconhecimento é apenas uma homenagem, sem qualquer efeito prático sobre a alocação de recursos federais no DF.” A conversa ocorreu durante a gravação do PODK Liberados, programa de entrevistas que Leila e o senador Jorge Kajuru apresentam semanalmente na Rede TV!. O episódio vai ao ar neste domingo, às 22h30.

Tentativa de consenso

Enquanto partidos de esquerda no DF já ensaiam candidaturas para 2026, o PT tenta trilhar um caminho que, para muitos, parece improvável: o consenso interno. A sessão solene de aniversário do partido na semana passada revelou o clima de unidade, tese defendida pelo vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Ricardo Vale (PT), que apoia o nome de Chico Vigilante (PT) para a presidência do partido. O gesto de Vale, que sempre integrou uma corrente ideológica oposta à de Chico, sinaliza um alinhamento que pode consolidar o protagonismo do PT na construção do campo de centro-esquerda para a próxima eleição majoritária. Se esse novo desenho se confirmar, as eleições para a direção regional serão o primeiro teste.

Sarney conta a sua história

O ex-presidente José Sarney foi entrevistado pelo 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o desembargador Roberval Belinati, na semana passada, para o programa História Oral. A gravação ocorreu na residência de Sarney, em Brasília/DF, e logo estará disponível no canal oficial do TJDFT no YouTube. Segundo Belinati, Sarney deu uma verdadeira aula de história do Brasil e de política. Falou sobre sua família, relação com Juscelino Kubitschek, a consolidação da democracia brasileira nos anos 1980 e a promulgação da Constituição Federal de 1988, entre outros assuntos. Sobre a relação com JK, Sarney afirmou que nos anos 1950 foi muito injusto com ele. “Era vice-líder da UDN, no Rio de Janeiro, e o combati muito”. A UDN era um partido político que fazia oposição a JK. Segundo o ex-presidente, anos mais tarde, depois que Juscelino teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar, houve uma aproximação entre os dois. “Ofereci um almoço a Juscelino. Ele ficou muito tocado por esse gesto e, a partir daí, me fez uma carta e ficamos muito amigos”, contou. O programa História Oral é uma iniciativa de Belinati. O foco são entrevistas com magistrados na ativa ou aposentados ou pessoas relacionadas ao mundo jurídico.

Brasília e a democracia

Sobre sua relação com Brasília, Sarney foi o primeiro parlamentar a se mudar para a Nova Capital, em dezembro de 1959, ainda antes da inauguração oficial. “Gosto de Brasília, já estou com mais da metade de minha vida em Brasília, aqui cresceram meus filhos”, salientou. Como deputado federal, em 1956, ele votou pela transferência da Capital, o que contrariou as diretrizes da UDN. Já no período como presidente da república, de 1985 a 1990, afirmou: “Não tivemos retrocesso, pois a democracia não morreu em minhas mãos”. Entre os méritos de sua gestão destacam-se a convocação e implementação da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou e promulgou a Constituição Federal de 1988. “A Constituição é a base da transição democrática”, disse.

DF na diretoria do Conselho de Secretários de Educação

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) elegeu, na última sexta-feira, a nova diretoria para o biênio 2025-2026. O secretário de Estado da Educação e vice-governador de Sergipe, Zezinho Sobral, foi eleito presidente da entidade por aclamação. A secretária de Educação do DF, Helvia Paranaguá (foto), foi eleita vice-presidente.

Urgência hospitalar

Tramita na Câmara Legislativa um projeto de lei que prevê um “voucher saúde” para que pacientes da rede pública com necessidades urgentes que não consigam atendimento sejam encaminhados para hospitais particulares. O custo seria ressarcido por meio de convênios com hospitais particulares. O projeto de lei, do deputado Roosevelt Vilela (PL), é claramente inconsciente, porque cria despesa para o Executivo em proposta de autoria do Legislativo, mas abre o debate sobre como pacientes em situações críticas recebam o atendimento necessário.

Mandou bem

O carnaval no Distrito Federal tem o potencial de movimentar mais de R$ 320 milhões em atividades turísticas, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor representa um aumento de aproximadamente 1,5% em comparação ao ano passado.

Mandou mal

Trecho de um livro adotado em escolas na Alemanha reforça preconceitos e estereótipos sobre o povo brasileiro. Na publicação, uma criança do Rio de Janeiro é descrita como alguém que não estuda, alimenta-se do que encontra no lixo e sonha em ser jogador de futebol.

Só papos

“Sem remorso nenhum, você trai e nega até amizade com quem te criou. César Maia, Dilma, Pezão, Sérgio Cabral… Seu nome é ingratidão! Você é um BILTRE (dá um Google aí). Sua arrogância, seu cupincha lula e a política vão sepultar sua carreira pública, que já foi longe demais! A soberba precede a queda e você será derrotado para qualquer cargo a que se candidatar em 2026! Já vai negociando, de novo, emprego em alguma empresa privada que foi favorecida em seu governo!” — Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

“Aqui não tem essa de ser leal com criminosos. Isso é papo de mafioso! Comigo, cometeu crime eu chamo de bandido! Com o senador rachadinha que desmaia e é filhinho de papai é cosa nostra na veia! ‘Não abandono o soldado Queiroz na Guerra…’ Vai vendo os puritanos! Toma vergonha rapaz! Poderoso Flavio Rachadinha 2, a missão!”Prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD)