Deputados, sindicalistas e integrantes do GDF acordaram, nesta semana, que sete projetos do Executivo seriam votados na próxima terça (27) caso o cronograma com os reajustes a 32 categorias do serviço público fosse apresentado nesta semana e os grevistas aceitassem. O problema é que a data fixada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em outubro de 2016 não agradou e os parlamentares já se dizem “sem pressa” para votar matérias de aumento de receita.
Os três líderes que assinaram uma obstrução às proposições de interesse do governo — Chico Vigilante, do PT; Wellington Luiz, do PMDB; e Bispo Renato Andrade (PR), da Minoria — caso o GDF não abrisse negociações com os representantes sindicais afirmam que, a depender deles, não haverá votação na terça.
O trio não poupa críticas ao GDF. “Mais uma vez, o governo mostra uma inabilidade sem tamanho. A depender de mim, não se vota nada na próxima semana”, diz Wellington. “Está faltando seriedade ao governo para negociar, falei para (o governador) Rollemberg conversar com cada sindicato para saber as prioridades e isso claramente não aconteceu. Como é só em outubro de 2016, podemos votar projetos de aumento de receita no ano que vem”, afirma Vigilante. “Ainda não conversei com os sindicalistas, mas tenho certeza que essa data deve impedir os andamentos”, completa Bispo Renato.
Apesar do discurso negativo, o secretário-adjunto de Relações Institucionais, Igor Tokarski, acredita que, a partir de segunda-feira (26), a situação estará melhor. “Ainda há projetos a apresentar e os deputados ainda não conhecem o teor de algumas matérias. A partir de segunda, detalharemos e vamos levar números à Câmara Legislativa para sensibilizar os distritais”, explica.