Os distritais selaram acordo sobre o calendário de votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018, que estima receitas e despesas do governo. Conforme acerto assinado no colégio de líderes desta segunda-feira (18/12), a proposta principal, no valor de R$ 42,4 bilhões, será aprovada em segundo turno nesta terça-feira (19). A votação da polêmica emenda de R$ 1,2 bilhão, verba poupada com a reforma da Previdência, ficou para 15 de janeiro.
Sem a aprovação do projeto original da LOA, o governo teria acesso a apenas um duodécimo da receita do ano anterior. Dessa forma, estaria autorizado a utilizar o montante somente com o pagamento da folha de pessoal e custeio da máquina. Investimentos e licitações, portanto, seriam vetados.
Após o adiamento do debate por duas vezes, parlamentares governistas e da oposição ensaiavam o consenso desde a última sexta-feira. Contudo, o tema teve de ser levado ao conhecimento de todos os líderes para a efetivação do acerto, uma vez que a emenda em questão será avaliada em sessão extraordinária.
Houve condições para o estabelecimento do acordo. Distritais da oposição requisitaram o remanejamento de parte dos R$ 288 milhões destinados à Secretaria de Educação dentro da própria pasta. Assim, uma fatia do valor deve ser usada para o custeio da construção de escolas em redutos eleitorais, como Itapoã e São Sebastião.
A reunião desta segunda-feira contou com a presença de 17 dos 24 deputados. Nos bastidores, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) também articulou. O chefe do Palácio do Buriti encontrou-se com a base aliada na manhã de hoje.
Polêmica
O imbróglio sobre a votação da LOA tomou corpo na última terça-feira, quando a proposta deveria ser votada em plenário. Centro da polêmica a emenda dividia o valor de R$ 1,2 bilhão entre obras, nomeações de servidores, transporte, além de itens triviais, como casamentos comunitários.
A oposição apontou que a tentativa de alteração determinada pelo Palácio do Buriti aconteceu “na surdina”, sem diálogo, e a derrubou em uma votação apertada, que contou com o voto de minerva do presidente da Casa, Joe Valle (PDT). Insatisfeita com a decisão, a base governista esvaziou o plenário para adiar o debate. Um dia depois, em sessão marcada por xingamentos e bate-boca, os aliados novamente deixaram a Casa para evitar a apreciação da matéria.
Travou-se um embate. De um lado, aliados de Rollemberg afirmaram que a votação de uma proposta fragmentada prejudicaria as previsões orçamentárias. Do outro, a oposição alegou que não era adequado dar aval a uma emenda milionária sem a devida análise, viabilizando que o governo use o dinheiro em projetos banais, apenas para a concretização de pretensões eleitorais.
Coluna Eixo Capital, publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) Um…
Coluna Eixo Capital publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni Um áudio…
Da Coluna Eixo Capital, por Pablo Giovanni (interino) Um relatório da Polícia Federal, que levou…
Texto de Pablo Giovanni publicado na coluna Eixo Capital nesta terça-feira (19/11) — O ministro…
Coluna publicada neste domingo (17/11) por Ana Maria Campos e Pablo Giovanni — A Polícia…
ANA MARIA CAMPOS O colegiado da Comissão Eleitoral da OAB se reuniu na noite desta…