Eric Seba: entre a autoridade e a paralisação
O diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, chegou ao momento mais crítico de sua administração. Tentou dar um xeque mate nas revoltas internas, ao exonerar sete delegados críticos à sua gestão e demonstrar autoridade, mas encerrou o dia sob pressão. Os atos foram publicados ontem no Diário Oficial do DF, assinados pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O problema é que a medida causou um revés. A reação inflamada da categoria contra as exonerações, reforçada na assembleia do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepo), no fim da tarde de ontem, deixou Seba quase sem saída.
Os delegados deram um ultimato: ou diretor-geral readmite os sete delegados ou exonera todos os ocupantes de cargos comissionados, o que criaria um caos em todas as unidades policiais. Se nada disso acontecer, a Polícia Civil vai cruzar os braços. Uma paralisação de 48 horas já está programada para o início da próxima semana. Seba, então, tem de decidir entre manter a autoridade, insistindo nas exonerações, ou ver a categoria acirrar ainda mais o movimento pela paridade dos salários com a Polícia Federal e por mais estrutura para a abertura de delegacias fora do horário normal de expediente.