Coluna Eixo Capital publicada em 2 de novembro de 2024, por Ana Maria Campos
A vice-governadora Celina Leão é uma das figuras da oposição bolsonarista que mantém uma relação de respeito e diálogo com o presidente Lula. Embora esteja em lado adversário, Celina sabe da dependência do Distrito Federal em relação ao governo federal e da dificuldade que um confronto provocaria no dia a dia da região. Ao participar da reunião dos governadores com Lula para a discussão sobre a Pec da Segurança, Celina representou o DF por estar no exercício do cargo. Ela se manifestou a favor de um prazo maior de debates entre governadores e secretários de Segurança — que são os verdadeiros operadores da política de combate à criminalidade — antes do envio da Pec ao Congresso. Defendeu, também, mudanças legislativas para evitar medidas como as que permitem que condenados ainda não preparados para voltarem às ruas sejam liberados da prisão e acabem voltando a praticar crimes. Ela citou o exemplo de um bandido que foi preso e solto várias vezes por decisão judicial e num dos momentos de liberdade cometeu um homicídio.
Aliada preciosa
A participação da advogada Renata Amaral na chapa de Paulo Maurício, o Poli, é um trunfo para os laranjas. Ela, que se uniu nesta campanha ao grupo, ficou em terceiro lugar e teve 2.944 votos válidos (10,89%).
Engajada
Candidata à presidência da OAB-DF em 2021, a advogada Thaís Riedel está engajada na campanha de Cleber Lopes, agora o candidato dos verdes, na corrida pelo comando da seccional. Dessa vez, Thaís concorre a uma vaga de conselheira federal. A advogada teve 34% dos votos válidos e foi a segunda colocada na disputa.
De concorrentes a aliados
Dois outros candidatos da última eleição se dividiram. Evandro Pertence, que ficou em quarto lugar, com 1.468 votos — 5,43% dos válidos — está na chapa de Cleber Lopes. Já Guilherme Campelo, como tem cargo no governo Lula, no Ministério da Previdência, não integra nenhuma chapa, mas apoia a candidatura de Paulo Maurício, o Poli. Na última eleição, ele também concorreu à presidência e teve 4,09% dos votos válidos.
Pesquisas com resultados diferentes
Paulo Maurício, o Poli, e Cleber Lopes exibiram pesquisas nos últimos dias. Poli mostra resultados em que lideraria preferência dos advogados e advogadas. No levantamento divulgado por Cleber, é ele quem está na frente.
Candidato bolsonarista
Os bolsonaristas escolheram um candidato na disputa pela presidência da OAB-DF. Depois do vídeo em que a deputada Bia Kicis (PL-DF) pede votos para o advogado Everardo Gueiros, o Vevé, e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) aparece em postagem ao lado dele, o candidato agora divulga vídeo com palavras de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Alerta à Sedes
A pauta assistencial esteve em destaque na Câmara Legislativa esta semana. Depois da cobrança, em plenário, por mais atenção da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) no atendimento às crianças, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) se reuniu com a a titular da pasta, Ana Paula Marra. A distrital alertou a secretária sobre a necessidade de aumentar recursos destinados, especialmente, ao atendimento de idosos e crianças. “A gente vê um número crescente de pessoas em situação de vulnerabilidade e, nesse contexto, temos apenas 4 mil crianças atendidas”, destacou a parlamentar. Durante a agenda, Paula também mencionou as cerca de 170 mil famílias que precisam de assistência do estado. A secretária reconheceu a situação e se comprometeu a aumentar o número de vagas nas organizações sociais que atendem a esse público. “Brasília é uma cidade em expansão e quanto mais pessoas vêm para o DF, mais a gente precisa ampliar a rede de proteção social”, admitiu Ana Paula.
MDB não descarta candidatura presidencial
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada ontem, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, disse que não está descartado o lançamento de uma candidatura presidencial do partido em 2026, mesmo com a ocupação de três ministérios no governo Lula. Segundo ele, na última eleição, o partido deu exemplo de que pode caminhar sozinho, como ocorreu com a candidatura de Simone Tebet ao Palácio do Planalto. No segundo turno, ela apoiou Lula e assumiu o ministério do Planejamento. A candidatura própria do MDB é o melhor cenário para Ibaneis, que não fica amarrado com nenhum partido na disputa ao Senado e pode fazer as alianças que considerar mais interessantes.