DF lidera em elucidação de homicídios

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EIXO CAPITAL, publicado quinta-feira (14/11) – Por Ana Maria Campos

O Distrito Federal é a unidade da Federação com o maior índice de esclarecimento de homicídios dolosos: 90% dos casos registrados no ano de 2022 tiveram o autor identificado e houve denúncia pelo Ministério Público. O DF ocupa a primeira posição, seguido por Goiás e Mato Grosso do Sul. Os dados fazem parte de relatório da pesquisa Onde Mora a Impunidade?, lançado pelo Instituto Sou da Paz. Para a elaboração do levantamento, foram solicitados dados aos ministérios públicos e aos tribunais de justiça de todas as unidades da Federação, por meio da Lei de Acesso à Informação. A pesquisa considerou 22.880 homicídios dolosos registrados em 2022, dos quais 8.919 resultaram em denúncias criminais até dezembro de 2023.

Integração

O secretário de Segurança Pública do DF e presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp), Sandro Avelar, atribui esse desempenho à consolidação de políticas de segurança pública ao longo dos últimos 11 anos. “Iniciamos com o fortalecimento da integração das forças de segurança, mas fomos além. Hoje, temos uma política de segurança integral, que envolve não só as forças de segurança, mas também outros setores do governo e da sociedade”, afirma.

Ainda estão aqui

A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) apresentou, nesta semana, projeto de lei para incluir o nome de Eunice Paiva no livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Viúva de Rubens Paiva, deputado cassado pelo golpe de 1964 e morto pela ditadura militar, e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, Eunice, além de buscar, incessantemente, notícias sobre o paradeiro do marido, se formou em direito e se tornou uma grande defensora dos direitos humanos e da busca por verdade. “Homenagear Rubens e Eunice Paiva é dizer que eles ‘Ainda Estão Aqui'”, disse Kokay, autora do PL 4320/2024, em referência ao filme em cartaz assistido por mais de 350 mil pessoas no último fim de semana e que representa o Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2025.

Advogados da União: solenidade de 28 anos

O plenário da Câmara dos Deputados será palco, amanhã, de uma sessão solene em homenagem aos 28 anos do Dia do Advogado da União e da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni). O evento, proposto pelo deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), comemora o dia 12 de novembro, data em que, em 1996, os primeiros advogados da União tomaram posse e que marca também a fundação da Anauni. Será a partir das 15h.

Homenagem suprapartidária

A poucos dias de deixar a reitoria da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura recebeu ontem o título de Cidadã Honorária de Brasília, em solenidade emocionante. Além da justa celebração ao trabalho da educadora e primeira mulher a ocupar o cargo na UnB, o evento no plenário da Câmara Legislativa rendeu uma cena rara: a junção de deputados das mais diferentes vertentes políticas. Autora da homenagem, a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), que se define como uma parlamentar independente, reuniu à mesa de honra os deputados de esquerda, Fábio Félix (PSOL) e Gabriel Magno e a ex-deputada Arlete Sampaio. Também fizeram parte da celebração o ex-reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior e a decana de Tecnologia e Inovação, Maria Emília Walter.

Memória de outros tempos

Na solenidade, a ex-deputada e ex-vice-governadora Arlete Sampaio (PT) se emocionou ao se recordar de um tempo em que alunos eram jubilados da UnB por questões políticas. Ela se referiu ao mandato do ex-reitor José Carlos Azevedo, Capitão de mar e guerra que esteve na UnB entre 1976 e 1985, nos anos de chumbo.

Boa gestora

Professor emérito da UnB e ex-reitor, José Geraldo de Sousa Júnior fez muitos elogios a Márcia Abrahão como boa gestora. Ele afirmou que ela daria uma boa presidente do Banco Central. Márcia é graduada, mestra e doutora em geologia pela UnB e tem pós-doutorado pela Queen’s University, do Canadá.

A pergunta que não quer calar…

Será que agora, com o encerramento do mandato de Márcia Abrahão na reitoria da UnB e a proximidade das eleições de 2026, ela está aberta a uma candidatura ao Palácio do Buriti?

Jaqueline Fonseca

Subeditora do Correio Braziliense. Especialista em jornalismo investigativo com dez anos de experiência em cobertura de política, economia, judiciário e Cidades.

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