POR ANA MARIA CAMPOS — Mãe é mãe. Foi por insistência dela e da própria determinação que Daniele Souza, 29 anos, chega agora a Paris como primeira brasileira na Paralimpíada para disputar em badminton. A brasiliense está na oitava colocação no ranking mundial de sua categoria no parabadminton. O início dessa trajetória começou há 12 anos atrás. Em 2012, aos 19, foi inscrita pela mãe no Centro Olímpico e Paralímpico de Samambaia. “Eu gostava de assistir, mas não me via no esporte. Eu costumo falar que foi pela insistência da minha mãe. Na época, eu não andava sozinha, então ela me levou arrastada mesmo para o Centro Olímpico. E aí eu comecei no tênis em cadeira de rodas e, depois de duas semanas, eles me apresentaram o parabadminton”, disse em entrevista à Agência Brasília.
Daniele teve uma infecção hospitalar ao nascer que lhe tirou os movimentos das pernas aos 11 anos. A identificação foi instantânea. “Quando eu peguei na raquete, falei: ‘É esse o esporte'”, lembra. “Foi uma conexão surreal, até porque o professor mesmo falava que, quando ele levava os alunos para a modalidade, eles tinham muita dificuldade em rebater a peteca. Já no meu caso foi totalmente diferente, eu já estava conseguindo bater e ele ficou abismado com o meu potencial”, acrescenta. As principais medalhas até agora são um ouro e uma prata conquistados nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, em 2023, e um bronze no Parapan de Lima, em 2019. Enquanto lutava por mais uma, em 16 de maio deste ano, durante a primeira etapa do Circuito Nacional, em Curitiba, Daniele recebeu a notícia de que seria a primeira mulher da história a representar o Brasil em Jogos Paralímpicos.
Roda da sorte
Bolsonaristas estão convencidos de que a roda da sorte vai girar para o ex-presidente Jair Bolsonaro se Donald Trump vencer as eleições nos Estados Unidos.
Sem intermediários
Na cabeça de Jair Bolsonaro, o candidato à Presidência da República em 2026 não é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), nem mesmo o filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O nome para a sucessão de Lula, na cabeça de Bolsonaro, se chama Jair Bolsonaro.
Um símbolo de Brasília
Nesta época do ano, os brasilienses não se cansam de apreciar os ipês brancos, amarelos e rosas, uma preciosidade de Brasília. Já pensou ter um no ambiente de trabalho para contemplar todos os dias com exclusividade? A vice-governadora Celina Leão (PP) ganhou um exemplar para seu gabinete no Palácio do Buriti. Foi um presente da Casa das Artes de Ceilândia. “Receber um ipê-amarelo como presente para ornamentar meu gabinete na Vice-Governadoria do Distrito Federal é um gesto que carrega um simbolismo profundo. Em Brasilia, os ipês não são apenas árvores, são uma expressão da alma da nossa cidade. Este presente vai além da natureza que tanto amamos. Ele representa o talento, a dedicação e a arte dos nossos artesãos”, registrou Celina. “Este ipê-amarelo não é apenas uma decoração, é um símbolo de amor por Brasília, um tributo àqueles que, com suas mãos, moldam a nossa cultura e embelezam nossa cidade”, acrescentou.
Pai coruja
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, está curtindo muito o primeiro filho, Pedro, que nasceu em julho, com a CEO do Grupo Esfera, Camila Funaro Camargo. Aos 45 anos, Bruno é pai de primeira viagem e é pai coruja.
Mandou bem
O governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou um decreto que institui a Política de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual para a administração direta e indireta do DF. A nova medida tem como objetivo assegurar que os ambientes de trabalho e as relações socioprofissionais sejam respeitosos, seguros e saudáveis.
Mandou mal
Mais um inexplicável caso de feminicídio aconteceu no Distrito Federal: uma mulher foi atropelada no Gama, por um ex-namorado no dia do seu aniversário quando saía de uma comemoração ao lado da filha de cinco anos e da mãe, que também ficaram feridas. As duas precisaram ser hospitalizadas. Que tristeza!
Só Papos
“Trump não é um homem sério. Considerem o que vai acontecer se ele chegar ao poder. Ele já foi claro (na intenção de) prender todos que são considerados inimigos. Considerem o poder que ele vai ter, especialmente depois que o Supremo decidiu que ele será imune a processos criminais” — Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e candidata do partido Democrata à Presidência.
“Se você acha que as coisas estão caras agora, elas ficarão 100 vezes piores se Kamala conseguir quatro anos como presidente. Sob seu plano, Kamala implementará controles de preços no estilo soviético. Ela abolirá a assistência médica privada e tornará as políticas fiscais ridículas da Califórnia a lei do país, o que significa que todo americano será taxado em até 80% de sua renda!” — Ex-presidente Donald Trump, candidato do partido Republicano à Presidência
Enquanto isso.. na sala de Justiça
Depois de participar da sessão solene pelo dia dos advogados e da homenagem ao ex-presidente da OAB-DF Juliano Costa Couto que morreu em abril, o criminalista Cléber Lopes volta nesta segunda-feira à Câmara Legislativa como o centro das atenções. Pré-candidato à Presidência da seccional, Cléber vai receber o título de cidadão honorário do DF em sessão, às 10h. A iniciativa é do presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB).
À Queima Roupa
Com as candidatas à reitoria da UnB, Olgamir Amancia e Rozana Naves,
Os cortes orçamentários prejudicaram a gestão das universidades brasileiras e reduziram investimentos em pesquisas. Como enfrentar essa questão?
Rozana – A UnB é uma universidade multicampi e a solução da questão orçamentária passa pela alocação eficiente e a execução transparente dos recursos, alinhando-os às prioridades da instituição, o que pretendemos fazer por meio de um planejamento orçamentário participativo. Também envolve a agilidade na captação de recursos, os quais podem ser potencializados por meio de um escritório de apoio técnico aos pesquisadores que ofereça suporte à prospecção de projetos, e à interlocução com o governo federal e o poder legislativo, visando à recomposição orçamentária da UnB.
Olgamir – Com articulação política, negociação com o Ministério da Educação, captação de recursos de emendas parlamentares, além de arrecadação por meio de projetos em agências de fomento. Tudo isso traz recursos para ensino, pesquisa e extensão. Eu fiz isso no Decanato de Extensão de forma bem-sucedida e vou fazer para toda a Universidade. Nós temos a capacidade de diálogo e a articulação necessárias junto ao Governo Federal, com o Congresso Nacional, a Câmara Legislativa e o Judiciário para conseguir mais recursos para a UnB. Minha história na política também comprova que eu tenho a competência necessária para buscar esses recursos, como fiz também como a primeira Secretária da Mulher do DF.
A UnB é a quinta melhor universidade federal do país, segundo o QS World University Rankings 2025. No Brasil, é a nona. Como manter e ampliar esse padrão?
Rozana – Nossa proposta de universidade tem um compromisso ético com a valorização das pessoas. Por meio de uma gestão radicalmente democrática e participativa, entendemos a UnB como uma construção coletiva que, por meio da competência e humanização da gestão, promova a excelência acadêmica em ensino, pesquisa, extensão e inovação. Também, é preciso investir fortemente na infraestrutura de ensino e pesquisa, modernizando-a e buscando mais espaços colaborativos de pesquisa e inovação.
Olgamir – É importante destacar que essas posições mais elevadas da UnB nos rankings nacionais internacionais são muito recentes. São o resultado dos grandes investimentos feitos nos últimos anos para fortalecer o ambiente de pesquisa e inovação, mesmo com o cenário da pandemia e de consecutivos cortes na ciência. Nossa gestão vai avançar com esses esforços e fazer mais. Queremos simplificar os processos. Sabemos que isso é crucial para que mais e mais pesquisadores estejam motivados para desenvolver seus projetos com tranquilidade, de forma célere e com a qualidade que é característica da UnB. Entendemos que dar condições para os nossos pesquisadores é essencial para produzir ensino, pesquisa e extensão de excelência e com compromisso social.
Como a UnB pode colaborar na busca de soluções para os problemas do Distrito Federal?
Rozana – Fazendo jus ao pioneirismo da Universidade Necessária imaginada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, a UnB pode e deve atuar de modo mais incisivo, consequente e propositivo na defesa da democracia, da justiça socioambiental. Para tal, é fundamental assegurar que as atividades formativas, de pesquisa, extensão e inovação da UnB estejam alinhadas aos desafios existentes no território no qual ela se localiza, o Distrito Federal. Assim, propomos uma gestão de fortalecimento da vocação primordial da UnB como agente de construção de uma universidade crítica, vibrante, qualificada, inclusiva e diversa, que prospera com justiça, equidade, saúde e sustentabilidade e referenciada em seu território.
Olgamir – A UnB desempenha um papel fundamental na busca de soluções para os problemas do DF, atuando em múltiplas frentes estratégicas. Por meio do desenvolvimento de pesquisas direcionadas a desafios específicos como mobilidade urbana, saúde pública, formação de professores e conservação ambiental, a UnB oferece suporte crucial ao governo local. Um exemplo claro desse impacto é a coordenação dos testes clínicos da CoronaVac no DF durante a pandemia, liderados pelo meu candidato a vice-reitor, professor Gustavo Romero. Da mesma forma, a professora Mercedes Bustamante tem sido uma figura central nos esforços de preservação do Cerrado, contribuindo significativamente para a sustentabilidade regional. A UnB também é uma formadora de profissionais altamente qualificados que atuam em diversas esferas, incluindo a administração pública, organizações sociais e o setor privado, fortalecendo o desenvolvimento da nossa região. O Hospital Universitário de Brasília (HUB) tem ampliado os atendimentos médico-hospitalares na rede pública de saúde do DF. A inauguração em 2024 da tão esperada Unidade da Criança e Adolescente (UCA) do HUB tem melhorado a qualidade da assistência à saúde das crianças, adolescentes e gestantes. Residentes dos cursos de saúde e medicina, de diferentes especialidades, também atuam em outros equipamentos públicos de saúde do DF. A creche recentemente inaugurada no campus Darcy Ribeiro, que terá início em breve, é outro exemplo das relações de colaboração da Universidade com outras instituições públicas em benefício da sociedade.