ANA VIRIATO
A sessão para votação do projeto que cria o Instituto Hospital de Base mal começou e o clima no plenário da Câmara Legislativa já está muito tenso. Deputados contra e a favor da iniciativa do Executivo batem-boca e trocam agressões. Pessoas na tribuna também xingam os parlamentares, o que gerou a suspensão temporária da sessão, retomada poucos minutos depois.
A primeira confusão foi protagonizada pelos deputados Wellington Luiz (PMDB) e Lira (PHS). Este último criticou a presença das ex-deputadas Arlete Sampaio (PT) e Maninha (PS0l), junto aos sindicalistas, ao afirmar que estava claro o viés e uso político dos sindicatos. O peemedebista rebateu as críticas de Lira. “É importante anotar a contribuição de cada um para a saúde. Nós, da CPI da Saúde, por exemplo, tivemos que divergir de vossa excelência, que nos envergonhou com o relatório final”, disparou Wellington.
Ao começar a discursar, Raimundo Ribeiro (PPS) ouviu da galeria diversos gritos com menções à Operação Drácon. O parlamentar é réu de uma ação penal por conta das denúncias. “Quem entende de Drácon é Rodrigo Sobral Rollemberg, que a idealizou, e, por razões de laços de infância, conseguiu montar isso”, acusou Raimundo.
Pessoas que ocupam a tribuna começaram a xingar os parlamentares de “ladrões”, principalmente durante o discurso de Raimundo Ribeiro. O presidente da Câmara, Joe Valle (PDT), disse que, se o coro continuasse, ele iria suspender ou até encerrar a sessão. O chefe do Legislativo pediu que a segurança fosse até a tribuna para controlar a situação. A sessão chegou a ser suspensa por cinco minutos.