Cinco testemunhas de acusação do processo de obstrução do caso Caixa de Pandora, que levou o ex-governador José Roberto Arruda à prisão em 2010, deveriam depor em audiência na 7ª Vara Criminal do Distrito Federal na tarde desta sexta-feira (11/9). As oitivas, porém, foram adiadas para 16 e 17 de setembro. Os advogados dos réus envolvidos no processo pediram vistas de laudos acrescentados nos autos no fim da tarde de quinta-feira (10/9). Os novos documentos se referem a imagens e áudios de um encontro entre os acusados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em uma lanchonete no Sudoeste. O adiamento da audiência sofreu resistência dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT.
No entendimento do MP, a prorrogação dos depoimentos não seria necessária, pois o tempo de 30 minutos seria suficiente para os defensores dos réus analisarem o conteúdo dos novos laudos. Além disso, os promotores defenderam que há pendência de outros dois laudos a serem incluídos e que, provavelmente, não ficarão prontos até a data da nova marcação de audiência.
Entre as testemunhas de acusação está o jornalista Edson Sombra, vítima de tentativa de suborno feita por Antônio Bento da Silva, servidor aposentado da Companhia Energética de Brasília (CEB). Em 2010 ele teria oferecido R$ 200 mil a Sombra em troca de ajuda ao então governador Arruda. Além dele há outras quatro testemunhas de acusação incluindo servidores do Banco de Brasília (BRB), delegados e um agente da Polícia Federal.
As audiências de depoimento das testemunhas de defesa estão marcadas para o dia 18, 21 e 25 de setembro. (Isa Stacciarini)