ANA MARIA CAMPOS
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou ontem a terceira fase da Operação Genebra com a prisão, no Rio de Janeiro, de uma ex-dirigente da filial de Petrópolis da Cruz Vermelha envolvida no contrato da Secretaria de Saúde, de 2010, considerado irregular de gestão de duas UPAs.
Denunciada pelos crimes de dispensa ilegal de licitação, falsificação de documento público, peculato e lavagem de dinheiro, Tatty Anna Kroker foi detida na primeira fase da operação, com outros dois dirigentes da entidade, mas havia conseguido converter o mandado de prisão preventiva em domiciliar com o argumento de que precisava cuidar do filho de 10 anos.
Mas uma investigação do MPDFT em parceria com o Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Belo Horizonte apontou que além da avó, a criança poderia permanecer com outros dois parentes.
Dessa forma, a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF confirmou a prisão preventiva.
Os promotores de Justiça Luís Henrique Ishihara (foto) e Marcel Bernardi Marques cumpriram ontem (15/07) o mandado de prisão no Rio de Janeiro.
Tatty Anna Kroker permanecerá no presídio da Colmeia.
Segundo o Ministério Público, o contrato provocou um prejuízo de R$ 9 milhões em valores atualizados. A denúncia do Ministério Público aponta o envolvimento de ex-servidores da Secretaria de Saúde, do Conselho de Saúde, ex-dirigentes da Cruz Vermelha, o ex-secretário de Saúde Joaquim Barros da Silva Neto e o ex-secretário-adjunto de Saúde Fernando Antunes.