ALEXANDRE DE PAULA
O vice-governador eleito Paco Britto (Avante) afirmou, nesta quinta-feira (20/12), que o déficit para 2019 pode passar de R$ 3 bilhões. O valor foi computado pelos dados preliminares de cada área da transição e não é ainda o levantamento oficial da área da Fazenda. O cálculo leva em conta, por exemplo, pagamentos para fornecedores e prestadores de serviço que precisarão ser feitos pelo futuro governo. “Mas não será necessário alterar nossos projetos porque apenas nesse 60 dias já captamos muitos recursos, perto de R$ 1 bilhão.”
A conta é diferente da realizada pelo governo Rollemberg, que estima deixar contas de R$ 700 milhões, mas já com previsão para pagamento em janeiro. Na sexta-feira, está prevista uma coletiva com a área econômica do GDF para falar sobre os dados enviados à transição.
O trabalho dos 58 grupos da transição foi encerrado oficialmente nesta quinta-feira. Um relatório desenvolvido pela equipe, com 196 páginas, foi entregue ao governador Ibaneis Rocha hoje. Cada uma das áreas apresentou detalhes das ações planejadas em reunião nesta tarde no Centro de Convenções Internacional do Brasil (CICB), sede da transição.
Segundo Paco Britto, que coordenou os trabalhos, o diagnóstico não apresentou muitas surpresas e revelou que Saúde, Transporte, Educação e Segurança são as áreas mais problemáticas no Distrito Federal hoje. “A saúde, por exemplo, está completamente desorganizada, sem integração nem de sistemas. Isso eu posso adiantar.”
A estrutura do governo ainda não está fechada, segundo Paco. Portanto pode haver ainda mudanças nas definições de secretarias nos próximos dias. A escolha dos administradores regionais está prevista para a semana seguinte.