Com a retomada do debate sobre o projeto que cria o programa Escola sem Partido na Câmara dos Deputados, o tema vai ressurgir também no meio político do Distrito Federal.
Boa parte dos deputados distritais eleitos para a próxima legislatura já declarou apoio à iniciativa e o governador eleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB), também manifestou simpatia ao programa ainda durante a campanha.
A resistência de servidores da educação é muito forte e o Sindicato dos Professores do Distrito Federal começou a mobilizar a categoria para tentar barrar iniciativas semelhantes tanto no Congresso Nacional, quanto na Câmara Legislativa.
Professores vão conversar com Ibaneis
Representantes do Sinpro devem se reunir com Ibaneis no começo da semana, para discutir pautas do segmento, e os professores querem pedir que o futuro governador “reflita” sobre o assunto.
“Vamos tentar mostrar a ele os danos gravíssimos que o Escola sem Partido pode causar à educação. É a maior ameaça ao ensino das últimas décadas”, conta Rosilene Correia, diretora do Sinpro, que classifica o Escola sem Partido como “Lei da Mordaça”.
Lobby na CLDF
Os professores querem se reunir nos próximos dias com deputados distritais eleitos para reforçar o lobby contra o programa. Em 2015, um projeto de autoria da distrital Sandra Faraj (PR), que implantava a Escola sem Partido no DF, causou a ira dos professores e a parlamentar pediu a devolução do texto ao gabinete no mesmo ano. Com uma nova formação ainda mais conservadora, a CLDF pode retomar o debate.