Um dos políticos mais longevos da história do Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PPS) não conseguiu se reeleger. “Vou me dedicar a escrever, dar aulas, palestras, e tentar influir no Congresso para aprovar 109 projetos que deixei pendentes”, conta.
Ele vai procurar parlamentares dispostos a apadrinhar propostas que considera prioritárias, como a federalização da educação e o aperfeiçoamento da Lei Maria da Penha. Sobre um eventual apoio a um dos candidatos ao governo, Cristovam não descarta se aliar nem a Ibaneis Rocha (MDB), nem a Rodrigo Rollemberg (PSB). “Ninguém me procurou até agora. Mas, no caso dos dois, eu topo analisar (um eventual apoio), se levarem adiante meus projetos”, argumentou.
Sequência de fatores
Cristovam Buarque atribui a derrota a uma sequência de fatores. Ele acredita que ter sido do PT e ter abandonado o partido contribuíram em igual medida para o resultado. “Eu saí do PT há 13 anos e é impressionante como muita gente ainda me vincula ao partido. Também me surpreendeu o ódio ao PT nesta campanha”, conta o senador, que se arrepende de não ter explorado mais a marca do PPS.
“Por outro lado, os petistas se uniram em uma campanha ferrenha contra mim. Para completar, não me identifico com esse movimento Bolsonaro”, acrescentou. Cristovam, entretanto, elogia a renovação. “As pessoas queriam caras novas, isso ficou bem claro”.
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