Otávio Augusto
Os deputados distritais da CPI da Saúde aprovaram a convocação do empresário Afonso Assad, citado nos áudios investigados pelo MP. Segundo relatos de distritais, ele teria se recusado a pagar propina para obter a liberação de recursos públicos.
A primeira sessão da CPI depois da Operação Drácon começou com tumulto. A presidente afastada da Câmara, Celina Leão (PPS), esteve na reunião. No começo, ela pediu que a sessão fosse fechada. Participam também os distritais Cristiano Araújo (PSD) e Raimundo Ribeiro (PPS) – citados em suposto esquema de cobrança de propina sobre créditos orçamentários -, além de Wasny de Roure (PT) e Lira (PHS).
Cristiano criticou as denúncias de Liliane Roriz (PTB). “Não se pode tomar como verdade o que uma deputada picareta está dizendo. Temos que parar de ver suspeição onde não há”, protestou. Cristiano reclamou com Wasny sobre as críticas e o comportamento na investigação. “Tenho muita tranquilidade quanto a essas acusações. Agora estamos focados em uma questão e deixando outras de lado, inclusive questionamentos de governos anteriores”, rebateu.
Wasny negou que tenha atacado colegas. “Nunca levantei qualquer acusação a qualquer colega. Se eu fiz perguntas é porque, em algum momento, houve citação nos áudios ou no investigação”, disse. Cristiano e Wasny ficaram bastante irritados. Houve bate-boca sobre a emenda da transferência dos R$ 30 milhões para o pagamento das dívidas do governo com serviços de UTI. Celina deixou a sessão com o argumento de que iria buscar documentos para protocolar na CPI.