Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
O governador Ibaneis Rocha (MDB) tem o controle hoje do sistema de saúde e está sentindo o pulso do problema dia a dia. À frente do núcleo de crise, acompanha cada decisão sobre o novo coronavírus. Por isso, ele estranhou ontem quando o Ministério da Saúde divulgou que havia cinco casos de transmissão comunitária no Distrito Federal.
Ibaneis determinou que o então secretário de Saúde, Osnei Okumoto, parasse o que estava fazendo e fosse ao Ministério da Saúde. Osnei chegou quando a coletiva de imprensa ainda estava em andamento e conseguiu mostrar que esses dados estavam equivocados. Na verdade, naquela altura, havia 14 confirmações e cinco casos aguardando contraprova.
Todos de pacientes que voltaram de viagem internacional ou tiveram contato com passageiros infectados. No fim do dia, o número foi convalidado. O DF contava ontem 19 casos confirmados. Mas todos com origem em outro país. Ficou claro ontem nas reuniões de governo, que Ibaneis endurecerá ainda mais as medidas quando começarem as transmissões comunitárias, ou seja, quando não se sabe mais como a pessoa pegou o vírus.
Medo recíproco
Consumidores estão com medo dos vendedores e garçons, e os atendentes, dos consumidores. O comércio estava vazio ontem. A 402 Sul, rua de vários restaurantes, até tinha vaga sobrando na hora do almoço. Coisa inédita para um local onde às vezes não dá para parar nem mesmo de forma irregular.
Demorou
O Ministério Público do DF enviou ontem às administrações regionais de Taguatinga, Águas Claras, Arniqueira, Guará, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Brazlândia, Recanto das Emas, Vicente Pires, Ceilândia, SCIA e Estrutural e Sol Nascente e Pôr do Sol que revoguem licenças ou alvarás concedidos para a realização de eventos enquanto durar o surto de coronavírus no DF. A medida estava prevista nos decretos de Ibaneis.