ANA VIRIATO
Pela nova composição da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, eleita ontem, quatro dos cinco integrantes têm pendências judiciais. No colegiado tramitam os pedidos de cassação que chegam à Casa. O grupo é composto por Ricardo Vale (PT), na presidência, além de Agaciel Maia (PR), Telma Rufino (Pros), Raimundo Ribeiro (PPS) e Wellington Luiz (PMDB). Só o petista não é alvo de ações no poder Judiciário. Os três últimos parlamentares seguem o entendimento de que distritais devem ser investigados na Casa apenas após o trânsito em julgado dos processos judiciais. No ano passado, por exemplo, eles votaram pelo arquivamento do pedido de cassação contra Liliane Roriz (PTB), suspeita de receber imóveis em troca de favores.
O cenário, portanto, é favorável aos investigados no esquema conhecido como UTIgate, a depender dos desdobramentos da operação Drácon. A investigação tem como alvos Raimundo Ribeiro, Celina Leão (PPS), Julio Cesar (PRB), Cristiano Araújo (PSD) e Bispo Renato Andrade (PR). Ribeiro, por exemplo, analisaria o próprio pedido de perda de mandato, sobrestado, em 2016, pelo ex-presidente do Legislativo local Juarezão (PSB).
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