Teste de covid-19
Teste de covid-19 Marcelo Ferreira/CB/D.A Press Teste de covid-19

Com 49 mil casos de covid-19 registrados, mês de junho foi o pico da doença no DF até o momento

Publicado em Eixo Capital
Coluna Eixo Capital/Por Alexandre de Paula

O auge da pandemia do novo coronavírus no DF, até agora, foi o mês de junho. Foram quatro vezes mais casos neste período do que a soma total das contaminações registradas nos três meses anteriores. Em 30 de junho, o DF contabilizava 49.217 pessoas que tiveram a doença. Em 31 de maio, eram 9.780. O ritmo impressionante também teve reflexo na quantidade de mortes. Os óbitos de junho (417) foram quase 2,5 vezes maiores do que os de março, abril e maio (170). Para especialistas, o ritmo deve cair nos próximos dias, mas o momento inspira muito cuidado e o isolamento social continua necessário.

Stand by

A Câmara Legislativa aprovou, na terça, as Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021. A lei orgânica do DF estabelece que, depois de dar aval à proposta, os distritais entram em recesso. Neste ano, porém, a decisão foi de avaliar o projeto em Plenário, mas adiar a publicação da redação final. Com isso, as sessões estão suspensas, mas os parlamentares ficam de stand by e podem ser convocados a qualquer momento. O presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), argumentou que, assim, será possível realizar sessões extraordinárias com mais facilidade, caso seja necessário, sobretudo para tratar de questões que envolvam a pandemia da covid-19.

Olhos atentos

Desde o início da pandemia, o Ministério Público e a Justiça têm acompanhado de perto as decisões tomadas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em relação à pandemia. O clima chegou a ficar pesado, principalmente quando houve interferência nas decisões de liberação do comércio. Ontem, mais um assunto chegou à Justiça Federal: a situação dos leitos de UTI. Uma decisão intimou o DF e a União a comprovarem que há insumos, equipamentos e recursos humanos suficientes para a demanda atual.

Eventos

O anúncio do governador Ibaneis Rocha (MDB) de que, até agosto, pretende liberar bares, restaurantes, salões, academias e escolas fez com que outros setores atingidos pela restrições começassem a pleitear com mais força o retorno das atividades. É o caso dos produtores de eventos. Ontem, empresários do ramo e a Fecomércio anunciaram a elaboração de um plano de retomada. A tendência, no entanto, é de que esse tipo de atividade leve mais tempo para receber o aval do governo local.

Artistas em busca de ajuda

Cerca de 1,2 mil propostas foram inscritas no Edital do Fundo de Apoio à Cultura Regionalizado, que aceitou apresentação de projetos até a última terça-feira. O número é um recorde, segundo a Secretaria de Cultura e Economia Criativa. A grande adesão é um reflexo do cenário dramático enfrentado por artistas desde o início da pandemia. Essa linha do FAC é voltada para Regiões Administrativas fora do Plano Piloto. Ao menos 195 propostas serão contempladas e o investimento total é de R$ 13 milhões.

Razões?

Um estudo da Universidade Duke, nos Estados Unidos, investigou por quais motivos pessoas deixam de seguir regras e recomendações das autoridades e de especialistas durante a pandemia da covid-19. O estudo mostrou que cerca de um terço das pessoas tende a reagir de maneira desafiadora (e mais próxima das atitudes de adolescentes) quando sentem que a liberdade delas está ameaçada. Será o caso do presidente Jair Bolsonaro?

Só papos

“A oposição tem que estrebuchar porque não deve ser fácil perder a cadeira no Planalto e ver um presidente honesto com uma equipe proba e eficiente tocando esse país (…) Eu até me solidarizo com a oposição. Aguardem as próximas eleições para vocês perderem novamente.”

Bia Kicis (PSL-DF), deputada federal

“É impressionante a insensibilidade da base de Bolsonaro. Com mais de 60 mil mortos por covid-19 e milhões de desempregados, erguem um palanque de mentiras e ódio visando somente as eleições de 2022. Também não têm nenhuma noção do que é honestidade.”

Erika Kokay (PT-DF), deputada federal