Ciro Nogueira recebe delegados para discutir recomposição salarial das forças de segurança do DF

Compartilhe

ANA MARIA CAMPOS

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, recebeu nesta manhã (11), o presidente, Rafael Sampaio, e o vice-presidente, Marcelo Portela, do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do DF (Sindepo). Eles discutiram a proposta elaborada pelo Governo do Distrito Federal para recomposição salarial das forças de segurança pública do Distrito Federal.

Sampaio e Portela explicaram a Ciro Nogueira o cálculo do GDF, feito a partir de reuniões com representantes das três forças: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do DF. “Conversa boa. Entregamos a tabela e o ministro entendeu a situação e que há equiparação salarial do líquido”, disse Sampaio ao Correio.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou um reajuste de 10% para as forças de segurança e a tabela foi calculada levando em conta as diferenças na estrutura das corporações. São carreiras diferentes, divididas em funções distintas.

A Polícia Civil tem agentes, delegados, escrivães, papiloscopistas e peritos, com níveis que variam do salário inicial ao topo da carreira.  Na PM e no Corpo de Bombeiros, o maior salário é o de coronel, sendo que as patentes começam com os soldados.

Há ainda uma diferença fundamental: policiais civis recebem subsídio, o que significa que não há penduricalhos nos contracheques. Nas carreiras militares, há acréscimos nos salários, com gratificações e benefícios. Há diferenças também nos descontos dos salários brutos.

Por isso, o cálculo da isonomia é complexo. A Secretaria de Economia do DF aplicou diferentes percentuais de reajustes, de forma que os salários no topo da carreira sejam equivalentes entre os civis e militares.

Mas integrantes de associações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros apontam distorções que beneficiariam policiais civis. O Governo do Distrito Federal nega.

No período de campanha, quando há vários candidatos das forças de segurança, o tema virou polêmica e pode prejudicar a concessão do reajuste.

Para que se torne realidade nos contracheques, a recomposição precisa ser aprovada pelo Ministério da Economia, passar pelo crivo do presidente Jair Bolsonaro e conquistar a anuência do Congresso.

Tudo isso até o fim de junho porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) veda ajustes nos salários no período de 180 dias finais mandato.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

Publicado por
Ana Maria Campos
Tags: Ciro Nogueira Corpo de Bombeiros forças de segurança Marcelo Portela Polícia Civil DF Polícia Militar Rafael Sampaio recomposição salarial

Posts recentes

  • Notícias

“Trump vem muito fortalecido e com um pouco de sede de vingança”, diz João Carlos Souto

Eixo Capital - À queima-roupa publicado em 19 de janeiro de 2025, por Ana Maria…

9 horas atrás
  • CB.Poder

Uma chapa feminina para o Executivo e Legislativo

Coluna Eixo Capital publicada em 19 de janeiro de 2025, por Ana Maria Campos  Um…

10 horas atrás
  • CB.Poder

Bia Kicis viaja para acompanhar posse de Trump

Coluna Eixo Capital publicada em 18 de janeiro de 2024, por Ana Maria Campos A…

1 dia atrás
  • CB.Poder
  • Eixo Capital
  • Notícias

Morre Edson Smaniotto, desembargador aposentado do TJDFT

ANA MARIA CAMPOS Morreu nesta manhã (17), o desembargador aposentado Edson Alfredo Martins Smaniotto, do…

2 dias atrás
  • CB.Poder
  • Eixo Capital
  • GDF

Tarifas de ônibus do DF serão congeladas até o fim de 2026

ANA MARIA CAMPOS O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, anunciou que não haverá…

6 dias atrás
  • Eixo Capital

“A recomposição salarial continua sendo a maior demanda”, diz presidente do Sindireta-DF

POR ANA MARIA CAMPOS — Confira entrevista com Ibrahim Yusef, presidente do Sindicato dos servidores públicos…

1 semana atrás