Chegada de Ciro Nogueira à Casa Civil, Flávia Arruda se afasta da articulação política

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Política e família sempre se misturaram na vida do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Filho de um deputado de quem herdou o nome, Ciro se elegeu pela primeira vez de carona no nome do pai que desistiu, na última hora, de tentar um terceiro mandato, em 1994. O senador tinha 26 anos quando chegou ao Congresso. Ao se licenciar do mandato para assumir a chefia da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, deixa o gabinete montado para a mãe, a empresária Eliane Nogueira Lima (PP-PI). Presidente nacional do PP, ele tem o controle total do partido no Piauí, a ponto de escolher a sua suplente. Faz, assim, da política e do mandato uma extensão de casa. Ciro cresceu na política. Na adolescência, morava em apartamento funcional da Câmara destinada ao pai, o deputado Ciro Nogueira, na 302 Norte. Estudou no Leonardo da Vinci, da Asa Sul, e, aos 16 anos, chegava para o colégio dirigindo seu XR3 preto, o carrão da época. A primeira mulher é a deputada federal Iracema Portela (PP-PI), também de família com tradição política. É filha do ex-governador e ex-senador pelo estado do Piauí Lucídio Portela e da ex-deputada constituinte Myriam Nogueira Portela Nunes. O avô de Ciro, Manuel Nogueira Lima, foi prefeito do município de Pedro II, no Piauí, e deputado estadual, assim como o tio-avô Joaquim Nogueira Lima. Os três tios, irmãos do pai, também exerceram mandatos no Legislativo. Hoje o clã de Ciro Nogueira é o centrão. Ele é o pai das demandas de um grupo de deputados que comanda o Congresso.

Flávia Arruda mais distante da articulação política

Com a chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao Palácio do Planalto, a articulação política fica mais distante da ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República Flávia Arruda (PL-DF). Mais fácil para os deputados e senadores se sentarem para negociar com Ciro do que com Flávia. Mas ela pode manter a interlocução com outros setores de interesse do governo.

PSB-DF quer punição de Leila

O PSB do DF aprova as decisões da direção nacional do partido de radicalizar contra a senadora Leila Barros (DF) que se prepara para migrar para outra legenda. O diretório nacional ingressou com ação judicial para cobrar contribuições financeiras partidárias que estariam atrasadas, no valor de R$ 102.481,75, pedir o mandato na Justiça e vetar coligações com o próximo partido da senadora em 2022 caso ela seja candidata ao governo. “A direção local compartilha da mesma inconformidade, indignação e não vê justificativas para esta decisão da senadora”, afirma o presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, respaldado pelo ex-governador Rodrigo Rollemberg.

Respeito às prerrogativas

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB/DF), Délio Lins e Silva e Júnior, compareceu ontem ao ato de desagravo promovido pela OAB/GO, em Goiânia, em protesto à violência sofrida pelo advogado Orcelio Júnior, agredido por um policial enquanto trabalhava. “Respeito às prerrogativas se faz de pé e sem concessões”, disse o presidente da OAB/DF.

Volta às aulas liberada

Depois de uma inspeção em 18 escolas da rede pública do DF, numa fiscalização por amostragem, a força-tarefa de combate à covid do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) não encontrou impedimento para o retorno às aulas presenciais na próxima semana. A Promotoria de Defesa da Educação ainda vai apresentar sua posição.

Aula de transparência

Se você quer aprender mais sobre transparência, uma oportunidade: o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) está com inscrições abertas para a segunda turma do curso Controle Social, Transparência e Acesso à Informação – teoria e prática. As aulas serão nos dias 9, 11 e 13 de agosto, das 14h às 18h, e os interessados têm até 5 de agosto para se inscrever pelo link https://escon.tc.df.gov.br/cursos. Essa turma oferece 40 vagas para integrantes de organizações sociais, membros de conselhos de políticas públicas e cidadãos em geral. O instrutor é o auditor de Controle Externo do TCDF Índio Artiaga do Brasil Rabelo.

Tese de direto de juiz do DF é eleita a melhor da USP

O Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) elegeu como melhor tese de doutorado de 2020 o trabalho apresentado pelo juiz Atala Correia, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Trata do tema Prescrição e Decadência, entre passado e futuro. A obra foi publicada com prefácio da orientadora de Atala, Silmara Chinellato, professora titular de direito civil e direito autoral da Faculdade de Direito da USP. Atala Correia é juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri do Riacho Fundo e professor do IDP.

Associação envia lista para sucessão de André Mendonça na AGU

Não só o Ministério Público apresenta seus preferidos para o comando da classe. A Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro com suas indicações de sucessores ao cargo de André Mendonça na Advocacia-Geral da União (AGU). Mendonça foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na lista, os mais votados entre os associados de cada carreira, critério justificado em razão da amplitude das carreiras da Advocacia Pública Federal. Foram escolhidos o advogado da União Ricardo Wey Rodrigues, 39 anos; o procurador Federal Marcelo de Siqueira Freitas, 43 anos; o procurador da Fazenda Nacional Aldemario Araújo Castro, 55 anos, e o procurador do Banco Central Lademir Gomes da Rocha, 53 anos. “Além do notório saber e da reputação ilibada, os indicados possuem reconhecida trajetória de serviços prestados na defesa do interesse público”, afirma o presidente da Anafe, Lademir Rocha.

Só papos

“Eu levanto todo dia 5h da manhã pra fazer minha ginástica. Me preparo todo dia porque quero chegar inteiraço na eleição e partir pro ataque representando o Brasil”
Ex-presidente lula (PT)

“Eu tenho que ter um partido político. Eu não sei se vou disputar as eleições do ano que vem. Devo disputar, eu não posso garantir. E temos conversado com vários partidos, entre eles o partido do Progressistas ao qual eu integrei por aproximadamente 20 anos, ao longo de 28 em que fui deputado federal”
Presidente Jair Bolsonaro (Sem partido)

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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