ANA MARIA CAMPOS
O presidente do Iphan, Leandro Grass (PT), e o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli (PSB), são os dois principais nomes da oposição para a disputa ao Palácio do Buriti.
Ambos contam com apoio e simpatia do presidente Lula. Não é à toa que ocupam cargos estratégicos no governo federal.
O resultado desse duelo, que pode resultar numa aliança, vai depender das composições nacionais para a reeleição do presidente Lula, como ocorreu em 2022.
Lula está montando palanques estaduais fortes para favorecer sua candidatura em cada unidade da federação e, nessa estratégia, conta a força eleitoral, mais do que o partido.
Aliados fora do PT
Em estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e até São Paulo, Lula ensaia apoios a pré-candidatos de outros partidos, como o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ou o ex-governador Márcio França (PSB). Em Alagoas, o candidato é o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), no Amazonas, o senador Omar Aziz (PSD) e em Pernambuco, o prefeito de Recife, João Campos (PSB) — foto.
Foco no Congresso
Nessa construção politica, a escolha entre os dois pré-candidatos vai depender do equilíbrio entre os palanques em todo o país. O foco principal dos partidos e do presidente Lula tem sido fortalecer a base aliada no Congresso, elegendo senadores e deputados fieis. Já está mais do que claro que os governadores, por depender da União, acabam se ajustando com o poder do Planalto, mas o embate na Câmara e no Senado é o caminho da governabilidade.
Divisão
Nada impede também que Leandro Grass e Ricardo Cappelli lancem candidaturas separadas e se aliem no segundo turno, se houver. Mas a divisão de forças favorece a provável candidatura da vice-governadora Celina Leão (PP).
Ampliação
O recuo do deputado federal Fred Linhares (Republicanos-DF) em lançar candidatura majoritária é uma boa notícia para Celina Leão. Facilita uma aliança do PP com o Republicanos. O partido de Celina já tem uma federação com o União Brasil e agora poderá contar também com a legenda da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).