Candidatos ao GDF criticam ausência de favoritos em evento sobre saúde

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PEDRO GRIGORI

Os 11 candidatos ao posto de chefe do Executivo Local foram convidados a participar do lançamento de uma plataforma política de saúde mental nesta quarta-feira (5/9). Contudo, apenas quatro deram as caras. Na entrega do material, que conta com 30 medidas de atenção no atendimento psicossocial do DF, não faltaram críticas aos concorrentes ausentes.

Fátima Sousa (Psol), Antônio Guillen (PSTU), Júlio Miragaya (PT) e Alexandre Guerra (Novo) compareceram ao evento na Associação Brasileira de Enfermagem (Aben). Os postulantes a Vice-Governadoria Eduardo Brandão (PV), Gilson Dobbin (PCO) e Alexandre Bispo (PR) participaram do evento, representando os cabeças de chapa Rodrigo Rollemberg (PSB), Renan Rosa (PCO) e Alberto Fraga (DEM), respectivamente Os três enfrentaram críticas do público presente, formado, principalmente, por psicólogos e familiares de usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps)

A plateia também criticou a ausência de Rogério Rosso (PSD), Eliana Pedrosa (Pros) e Ibaneis Rocha (MDB). Os candidatos presentes aproveitaram para soltar farpas aos oponentes. “Eu acho um desprezo de outros candidatos não vir falar diretamente com a sociedade civil e sindicatos. É o quarto encontro que esses mesmos candidatos não participam. A falta de diálogo é o maior absurdo que temos nesse governo, e por mais que discordemos em alguns pontos, precisamos dialogar”, declarou Alexandre Guerra em discurso.

“A falta desses candidatos nas agendas temáticas reflete a ausência dos trabalhos deles nessas áreas quando foram governadores ou quando seus partidos faziam parte da base do governo”, opinou Fátima Sousa. A candidata do Psol ainda destacou que apenas ela, Miragaya, Alexandre Guerra e Paulo Chagas (PRP) participaram do debate entre candidatos ao GDF na TV Comunitária, na última quinta-feira (30/8). “São agendas caras que são ignoradas. Esses candidatos também faltaram a um compromisso sobre água na Serrinha do Paranoá no último domingo. Isso é uma expressão de desgoverno”, opinou.

Gilson Dobbin, afirmou ter ficado chateado com o próprio candidato a governador pelo seu partido, Renan Rosa. “Peço uma desculpa enorme para vocês que organizaram esse evento. Aprendi há muitos anos que a gente faz escolhas na vida, e eu realmente fiquei chateado pelo nosso candidato não estar aqui. Quero dar meus parabéns a todos candidatos a governador que vieram, pois é importante essa escolha”, disse.

Sem promessas

Os candidatos presentes no evento organizado pelo Movimento Pró-saúde Mental do DF, Grupo Inverso e a Rede de Atenção Psicossocial do DF, ouviram mais do que falaram. Pessoas com problemas de saúde mentais e familiares relataram as dificuldades no atendimento público do DF e fizeram alerta sobre a expansão de leitos dos hospitais psiquiátricos no Brasil, os quais foram chamados de manicômios.

Fátima Sousa destacou o trabalho de estruturação no Observatório de Saúde Mental da Universidade de Brasília e afirmou ter lido todo o documento apresentado. “Ainda como estudante de enfermagem, fui para Santos (SP) para fechar o Hospital Psiquiátrico de lá por entender que as pessoas não deviam ser maltratadas e levar choques elétricos como tratamentos. É dever do Estado proteger todos os filhos dessa pátria, e é isso que faremos, se governadora eu for”, garantiu.

Alexandre Bispo também garantiu que as pautas apresentadas serão levadas à frente em um possível governo de Fraga. Citou o apoio de Jofran Frejat (PR), a quem chamou de “conselheiro da Saúde”, e tentou destacar as ações tomadas pelo ex-governador José Roberto Arruda, mas não foi bem recebido pelo público, que respondeu com vaias e gritos de “corrupto”.

No horário do evento Rogério Rosso estava em campanha no Gama. Fraga, Eliana e Rollemberg não tinham eventos públicos marcados para o período da tarde.

Ana Viriato

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Ana Viriato
Tags: Alexandre Guerra eleições 2018 Fátima Sousa Guillen Júlio Miragaya Saúde Mental

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