DA COLUNA EIXO CAPITAL
A Caixa Econômica Federal está fazendo pressão para que o governo Rollemberg assuma o contrato do Centro Administrativo (Centrad) de Taguatinga.
Em reuniões com integrantes do Executivo, o assunto surge, mas nada é colocado oficialmente no papel. O GDF não quer fazer a mudança e começar a pagar os aluguéis porque, entre outros motivos, desconfia das cláusulas fechadas com a Odebrecht, uma das principais empresas sob investigação na Lava-Jato e integrante do consórcio.
Sem atender à Caixa, o governo também não está conseguindo fechar operações de crédito com a União.
Mau negócio
Para fechar as operações de crédito com o governo federal, o GDF precisa da liberação da Secretaria do Tesouro Nacional. Mas isso depende de uma análise de risco de crédito sob a responsabilidade da Caixa Econômica Federal.
A instituição tem segurado essa avaliação. Aos olhos de integrantes do governo Rollemberg, trata-se de uma retaliação.
O consórcio do Centro Administrativo deve R$ 700 milhões para a Caixa, de empréstimo captado para construir o complexo. Para técnicos que avaliam o contrato, foi um mau negócio para a Caixa.
Impasse
A Caixa exige do governo Rollemberg uma carta com a data precisa da mudança para o Centro Administrativo. A resposta do Executivo local tem sido: a transferência para o complexo de Taguatinga ocorrerá quando todos os problemas do contrato com o consórcio forem resolvidos.
A direção da Caixa quer uma garantia mais firme.
Enquanto o impasse não se resolve, Rollemberg fica sem dinheiro para projetos em ponto de bala para serem liberados. Em jogo: estações e vagões do metrô e pavimentação do Sol Nascente.