Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos
Às vésperas de completar 60 anos, Brasília se tornou a cidade mais crítica do país para a disseminação do novo coronavírus. Proporcionalmente à população, o Distrito Federal tem o maior índice de incidências. Enquanto a média do país é de dois casos para 100 mil habitantes, no DF a conta chega a 9,5. Acre e Ceará empatam no segundo lugar do ranking do Ministério da Saúde, com 3,8. São Paulo e Rio de Janeiro têm uma média de, respectivamente, 3,1 e 3,5 casos a cada 100 mil habitantes.
E por que a capital do país enfrenta cenário pior? Justamente pelo motivo pelo qual foi criada: receber cidadãos de todos os estados, políticos e suas equipes que circulam pelo país inteiro e ser a sede das embaixadas. Sorte que medidas restritivas foram adotadas pelo governador Ibaneis Rocha logo no início da pandemia.
Índices nas alturas
Pegando a média nacional, é possível verificar como algumas regiões do DF apresentam índices altos de contaminação. No Lago Sul, há 174,80 casos por 100 mil habitantes. No Sudoeste/Octogonal, são 57,91 e no Plano Piloto, 39,08.
Decisões técnicas
A 3ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal negou o pedido do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (Sindmédico-DF) para suspender, em todo o DF, as cirurgias e os procedimentos médicos eletivos, além dos atendimentos ambulatoriais que não sejam de emergência, até a normalização da situação atual de epidemia. O magistrado disse que não restam dúvidas de que o DF tem adotado diversas medidas de contenção da epidemia, que implicam decisões em âmbito administrativo e análise técnica, assim não cabe ao Poder Judiciário intervir.
“No momento, a gente deve manter o máximo grau de distanciamento social, para que a gente possa, nas regras que estão nos estados, dar tempo para que o sistema (de saúde) se consolide na sua expansão”.
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta“38 milhões de autônomos já foram atingidos. Se as empresas não produzirem, não pagarão salários. Se a economia colapsar, os servidores também não receberão. Devemos abrir o comércio e tudo fazer para preservar a saúde dos idosos e portadores de comorbidades”
Presidente Jair Bolsonaro