Por Ana Maria Campos — À Queima-roupa com Thiago Manzoni (PL), deputado distrital.
O senhor lidera um movimento para criação da Frente em Defesa da Vida desde a Concepção. Por que surge essa preocupação em relação ao aborto se já há regras
definidas sobre o tema?
Eu sou conservador e, por isso, sou movido por um sentimento de profunda valorização da vida em todas as suas fases. Essa preocupação não surge apenas das regras já definidas, mas de um compromisso mais amplo com o valor intrínseco de cada existência. Nosso movimento busca reforçar a proteção e o amor por vidas que ainda não podem falar, mas que já têm o direito inalienável de viver.
Acredita que pode haver aborto em casos de estupro ou risco para a mulher?
Como cristãos, somos chamados a oferecer amor, apoio e compreensão, buscando soluções que honrem a dignidade de todas as partes envolvidas. Em momentos de dificuldade, nosso papel é estar ao lado daqueles em necessidade e sempre valorizando a vida em sua totalidade.
O senhor aponta pesquisa segundo a qual 70% da população brasileira é contra o aborto. Mas acredita que essa posição seja em relação a todas as situações?
A pesquisa reflete uma visão ampla da sociedade sobre a importância e o valor da vida. É evidente que cada indivíduo pode ter perspectivas distintas baseadas em suas experiências e crenças. No entanto, essa maioria expressiva aponta para um fundamento comum: um respeito inarredável pela vida.
O ex-presidente Jair Bolsonaro venceu as eleições no DF. Desde então há indícios de que ele liderou uma tentativa de golpe no país. Acha que a popularidade dele caiu na capital do país?
Bolsonaro é a maior liderança política do Brasil e vítima de uma perseguição implacável que parece ter o intuito de retirá-lo do cenário eleitoral. A população enxerga a injusta caçada contra ele e cada vez mais o apoia.
Qual, na sua avaliação, deve ser o caminho do seu partido, o PL, nas próximas eleições no DF: lançar candidatura própria ou apoiar outro nome de algum partido aliado?
O PL é o maior partido do Brasil e é natural que tenha candidato próprio na capital da República. Temos grandes quadros no partido, como Michelle Bolsonaro e Bia Kicis (o maior nome do conservadorismo no DF), além das bancadas federal e distrital. De toda sorte, ainda é muito cedo para uma posição concreta.
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