DA COLUNA EIXO CAPITAL
A força-tarefa da Lava-Jato suspeita que o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) arrecadou muito mais do que os R$ 5 milhões que teriam sido destinados à campanha eleitoral de 2014, com doações declaradas à Justiça Eleitoral.
Procuradores investigam uma bolada muito maior, que pode passar de R$ 50 milhões, cobrada por Gim para livrar empreiteiros da CPI da Petrobras.
A aposta é de que o Alcoólico, como era tratado pelos empresários, exigiu R$ 5 milhões de cada uma das empreiteiras investigadas pela Lava-Jato.
O petebista continua preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e sem disposição, até o momento, de abrir a boca. O problema para ele é que o outro lado desse negócio está colaborando com o Ministério Público.
Onde está o dinheiro?
Se o ex-senador Gim Argello arrecadou mesmo tanto dinheiro de empreiteiras, onde foram parar esses milhões?
O petebista sempre soube circular no meio político com desenvoltura, com indicações políticas na equipe da presidente Dilma Rousseff.
Foi vice-líder do governo no Senado e se gabava das relações que mantinha no Congresso e no Palácio do Planalto.
Quem participou do esquema? Essa é a pergunta que não quer calar. Ninguém consegue barrar sozinho a convocação de empreiteiras numa CPI no Congresso, avaliam os investigadores da Lava-Jato.
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