Luis Miranda
Luis Miranda Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press Luis Miranda

“Bandidos de todo tipo acham que podem tirar vantagem”, diz Luís Miranda após Justiça apreender carro por suposta inadimplência

Publicado em Eixo Capital, Entrevistas
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

À QUEIMA-ROUPA

Deputado Luís Miranda (DEM-DF)

A Justiça determinou a busca e apreensão de um Porsche Cayenne que você comprou, por suposta inadimplência. Quem passou a perna em quem nessa história?

Eu comprei o carro, paguei e transferi. A antiga dona entrou com uma ação fraudulenta dizendo que não recebeu pra arrancar dinheiro. A decisão do juiz saiu três horas depois, sem que eu fosse ouvido ou qualquer documento apresentado. Denunciei o caso à polícia e, quando foi intimada, ela ficou calada. Fica claro quem tem culpa.

Como foi o pagamento? Em dinheiro vivo ou transferência?

Por meio de transferência bancária. Já entreguei todos os comprovantes à polícia.

Qual é a prova de que houve o pagamento?

Os comprovantes de transferência bancária e a transferência do veículo, que ela assinou.

Essa não é a primeira confusão que você se envolve. Em maio, a Justiça mandou colocar sua casa no Guará em leilão para pagar uma suposta dívida de R$ 590 mil. O que está acontecendo?

Estou vivendo um momento de grande visibilidade por ser presidente da frente parlamentar que trata da reforma tributária. Bandidos acreditam que podem tirar vantagem. Que vou ficar com medo e pagar pra evitar escândalos. Eu não recuo. Vou pra cima. É uma pena que membros do judiciário, que respeito demais, deixem-se ludibriar por gente assim. Para que fique claro, a casa já não está em leilão. A verdade sempre vai surgir.

Você também foi acusado de liderar um esquema de golpes envolvendo negócios no Brasil e nos Estados Unidos. É muita marcação?

A origem está aí. Depois que fui vítima de uma milícia virtual — essa definição foi feita pela Polícia Civil do DF — meus negócios foram destruídos, e eu fui exposto em um processo de desconstrução de imagem. Agora, bandidos de todo tipo acham que podem tirar vantagem. Virei um alvo fácil. “Ataca ele, que a Justiça aceita”. Pronto.