Fundão eleitoral
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Bancada do DF dividida sobre fundão eleitoral

Publicado em CB.Poder
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Na votação que destinou R$ 2,034 bilhões para as eleições de 2020 dentro do Orçamento da União, três dos oito deputados da bancada do DF votaram sim. Foram eles: Celina Leão (PP/DF), Érika Kokay (PT/DF) e Júlio César (Republicanos-DF). Bia Kicis (PSL-DF) Luiz Miranda (DEM-DF) e Paula Belmonte (Cidadania-DF) votaram contra esse valor, ao se posicionarem favoravelmente à emenda que reduzia o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, o Fundão Eleitoral, para R$ 1,3 bilhão. Flávia Arruda (PL-DF) e Professor Israel (PV-DF) não votaram. Como a emenda foi rejeitada por 242 a 167 votos, a discussão não foi encaminhada ao Senado.

Bilhões para políticos

Os R$ 2,034 bilhões vão para a campanha municipal do próximo ano. O montante é o dobro do valor destinado a áreas como Meio Ambiente (R$ 584 milhões) e Mulher, Família e Direitos Humanos (R$ 467 milhões) juntos.

Balanço

A senadora Leila Barros (PSB-DF) usou a tribuna do Plenário ontem para um balanço do seu primeiro ano de mandato. Ela apresentou 45 proposições legislativas em 2019. A primeira senadora do DF também foi designada relatora de 107 projetos, sendo que quatro foram transformados em lei e 17 foram encaminhados à Câmara dos Deputados. Entre as leis em vigor, duas ampliam a segurança de vítimas de violência doméstica e um aumenta a punição para torcidas organizadas violentas.

Zero a zero

Enquanto as forças de segurança do DF brigam por paridade de aumento, o reajuste vai ficando mais difícil para todos. O ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) ouviu ontem do ministro da Secretaria de Governo, Jorge Oliveira, que o aumento não pode passar de 8%. A boa (ou má) notícia é de que a Presidência da República prepara uma medida provisória que transfere a gestão dos recursos do Fundo Constitucional do DF para o GDF. Assim, caberá ao Executivo local todas as decisões sobre despesas.

“Guerra comercial”

Em nota, a Infosolo esclarece que a nota publicada ontem pela coluna cita, de forma equivocada, os sócios da Infosolo como alvo de uma operação do Ministério Público do Paraná. Mas, segundo a empresa, nenhum dos sócios da Infosolo foi alvo de busca e apreensão, tampouco de mandado de prisão. “Vale destacar que o Poder Judiciário do Paraná vem concedendo sucessivas decisões favoráveis à empresa. A Infosolo é vítima de uma ‘guerra comercial’ fomentada pelo governo daquele estado”, afirma a empresa.

Bolsonaro: “Weintraub é excelente”

O presidente Jair Bolsonaro saiu ontem em defesa de seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, bombardeado por várias críticas. Bolsonaro diz que ele fica. “No meu entender, (Weintraub) está sendo excelente. (Se) tem certos jornalistas criticando, é porque está indo bem — afirmou, na saída do Palácio da Alvorada. O advogado Luís Felipe Belmonte, suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que surge como cotado para o Ministério da Educação, está no Qatar, para acompanhar a partida final do Campeonato de Clubes. Despreocupado, embarca depois de férias.

Bolsa-família nas mãos de Flávia Arruda

Com um mandato focado na área social, a deputada Flávia Arruda (PL-DF) terá um bom palanque. Ela foi eleita presidente de comissão que debaterá reformulação do Bolsa Família. Serão debatidos os benefícios financeiros. Flávia Arruda ressaltou a necessidade de avançar nos projetos que atendam os mais vulneráveis. A proposta assegura a atualização anual dos recursos e dos valores referenciais para caraterização da situação de pobreza e extrema pobreza. Mais uma missão na Câmara conquistada com apoio do amigo Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa.

Só papos

“Doa para campanha eleitoral quem tem dinheiro, não doa o pobre que ganha um, dois ou três salários mínimos — a maioria da população brasileira. O financiamento público foi adotado pelas democracias mais desenvolvidas do mundo”

Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)

“Campanhas têm que ser mantidas por quem acredita na política e na democracia, por pessoas que apoiam os candidatos, e não pelo povo, que já paga muito imposto e vê pouco resultado nos serviços públicos”

Líder do Novo na Câmara, deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS)