Ceilândia covid-19 Ibaneis
Ceilândia covid-19 Ibaneis Minervino Junior/CB/D.A.Press Ceilândia covid-19 Ibaneis

Ausência de ações no enfrentamento à covid-19 é a principal reclamação de moradores do DF ao MP

Publicado em Eixo Capital
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Em quatro meses, entre março e julho, a Ouvidoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recebeu 810 manifestações de cidadãos preocupados com a propagação do novo coronavírus. A unidade que mais recebeu informações da população, 173 manifestações, foi a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadãos (PDDC), que atua na coordenação da força-tarefa do MPDFT no combate à covid-19. A ausência ou insuficiência de ações no enfrentamento à doença nas instituições de saúde é a principal reclamação.

Assédio institucional

Na ação de reparação de danos coletivos ajuizada contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, a Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (Assejus) lista uma série de declarações consideradas ofensivas ao funcionalismo público. Além da comparação com “parasitas”, Guedes referiu-se aos servidores de forma pejorativa publicamente pelo menos outras três vezes.

Na petição, a entidade transcreve trecho em que Guedes diz que os servidores não “vão ficar em casa com a geladeira cheia”, enquanto milhões de brasileiros estão perdendo empregos. Em outra referência, a Assejus aponta uma crítica em que o homem forte da economia do governo Bolsonaro afirma que o funcionalismo seria uma torre a derrubar, e pedem que os servidores não “saqueiem” o país ao reivindicar reajustes salariais.

“O Ministro do Estado da Economia, por todas os discursos e falas que realiza, acaba por praticar nítido assédio institucional, ou seja, ato atentatório contra a moral de todos os servidores públicos do país”, aponta a entidade na ação que tramita na 14ª Vara Federal Cível contra Paulo Guedes e a União.

Negócio milionário

A direção do Detran-DF colaborou nas investigações da Polícia Civil e Ministério Público sobre o esquema de fraudes para cancelamento de multas de trânsito desvendado na Operação Backdoor, deflagrada ontem. Em nove meses, entre maio de 2019 e janeiro de 2020, a maracutaia resultou num prejuízo de R$ 1,3 milhão aos cofres do órgão, com apoio de gente de dentro do departamento e hackers. O esquema foi congelado em fevereiro, justamente quando o procurador Zélio Maia assumiu o comando do Detran-DF.

Projeto pretende impedir contratos de empresa de distritais

Tramita na Câmara Legislativa projeto de lei que veda a contratação pelo Poder Público de empresa pertencente a parlamentares ou a seus familiares. Só na atual legislatura esses quatro deputados têm interesse direto no assunto: Rafael Prudente (MDB), Robério Negreiros (PSD), Eduardo Pedrosa (PTC) e José Gomes (PSB). A proposta é do deputado Leandro Grass (Rede), que é professor.

Prorrogação

A Secretaria de Educação esclarece que o contrato com a empresa Global Segurança Ltda, para vigilância privada, foi feito por meio de licitação e foi apenas prorrogado excepcionalmente por mais 12 meses, pelo montante de R$ 82.691.085,84. Segundo a Secretaria, a prorrogação foi feita na forma permitida pelo inciso 4º do artigo 57 da Lei nº 8.666/93.

Romance em três idiomas

A Gôndola Vermelha, livro de Andreia Salles, lançado neste mês, será traduzido para o italiano e inglês e disponibilizado para esse mercado. O romance de estreia da jornalista narra a história do casal Isabelle e Giovanni, iniciada em um baile de máscaras na Veneza do século XVI. A trama passa-se num cenário minuciosamente descrito com base em pesquisa sobre os hábitos da época.

A pergunta que não quer calar….

Se existem, quais são os supostos segredos ilícitos da Operação Lava-Jato?

Só papos

“Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção”

Procurador-geral da República, Augusto Aras

“Não sei o que pode mover pessoas a investir contra a praga da corrupção, que drena o dinheiro público e torna nossas diferenças sociais ainda mais absurdas! Pensando bem, acho que sei!”

Ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot