Coluna Eixo Capital / Por Ana Maria Campos
Com o fim do carnaval, o governador Ibaneis Rocha terá que retomar as tratativas com a Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros sobre o reajuste salarial das categorias. Amanhã, associações de militares se reúnem para fechar a pauta de reivindicações e, na próxima terça-feira, os representantes das corporações se encontram novamente com Ibaneis e com integrantes da equipe econômica, na expectativa de receber uma proposta de aumento. Entre os militares, a aposta é de que o GDF envie o reajuste da PM e dos bombeiros ao governo federal com brevidade, para que o texto siga ao Congresso junto com a revisão salarial da Polícia Civil.
Governo aposta nos 37% com incorporação de auxílio-moradia
O secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, aposta na viabilidade da tramitação conjunta das propostas no Congresso. A equipe econômica ainda analisa as contas para fazer uma oferta aos militares, mas o secretário acredita que “o governo vai conseguir fechar os 37%, colocando o auxílio-moradia como salário”. Sem essa inclusão do auxílio no soldo, diz Anderson Torres, “o governo ficaria inviabilizado”. O percentual é equivalente ao previsto para a PCDF. Entre os policiais civis, o temor é de que a pressão dos militares atrapalhe o aumento da categoria.
Em busca do protagonismo
Com a saída de Alberto Fraga (DEM) do Congresso Nacional, o deputado distrital Hermeto (MDB) tem se esforçado para assumir a liderança política dos militares. Ontem, o parlamentar visitou a chamada Cidade Policial, montada ao lado da Torre de TV durante o carnaval. Conversou com os PMs que trabalhavam e ouviu as reivindicações da corporação. “Na reunião com o secretário de Segurança, na semana passada, o presidente Bolsonaro disse que só manda o aumento da Polícia Civil para o Congresso se o da PM e dos bombeiros for junto. Ele tem muita simpatia pela PM”, diz Hermeto. O secretário de Segurança nega que Bolsonaro tenha feito a imposição durante o encontro, realizado no Palácio do Planalto na última sexta-feira. “Não foi bem assim a conversa. O que o presidente explicou foi que, neste momento, a prioridade do governo é a reforma da Previdência”, contou o secretário.
Inspiração condecorada
A professora Gina Vieira Ponte, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, será uma das cinco homenageadas com a medalha Mietta Santiago de 2019. A condecoração, oferecida anualmente pela Câmara dos Deputados, celebra iniciativas relacionadas à defesa dos direitos das mulheres. A cerimônia de entrega será no próximo dia 19 e a vereadora Marielle Franco, morta há um ano, será homenageada.
Combate ao machismo
O projeto Mulheres Inspiradoras, idealizado por Gina, já ganhou prêmios nacionais e internacionais. A iniciativa prevê a apresentação de obras de autoria feminina, assim como biografias de grandes mulheres, a estudantes do ensino fundamental e médio. Gina usa a história de vida dessas mulheres para inspirar crianças e jovens, além de promover reflexões sobre gênero e combate ao machismo.
Pressa para regularizar a Vila Planalto
O governador Ibaneis Rocha quer finalizar o processo de regularização da Vila Planalto, antigo acampamento de pioneiros na área central de Brasília. Nas gestões passadas, houve andamentos na legalização do bairro, com a cessão dos lotes da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) para o GDF. Agora, os moradores sonham com a entrega dos documentos. Outro desafio do governo é conter as construções irregulares que desfiguram a região encravada na área tombada.
Estevão rasurou folhas de ponto na Papuda
Na decisão em que autorizou o regime semiaberto para o ex-senador Luiz Estevão, a juíza titular da Vara de Execuções Penais, Leila Cury, determinou que a direção da Papuda apure eventual cometimento de infração disciplinar do empresário. Ao preencher as folhas de ponto comprobatórias do trabalho interno, Estevão rasurou os documentos oficiais destinados a atestar a sua frequência ao trabalho e, de acordo com a magistrada, acrescentou “de forma indevida e inoportuna anotações e pedidos de alteração da jornada de trabalho”. Ela considerou, entretanto, que a possível infração disciplinar não tem potencial para impedir a progressão de pena.