ANA MARIA CAMPOS
Denunciado na Operação Check List, realizada no ano passado para apurar cobrança de propina na liberação de ônibus para transporte rural sem vistoria, o auditor fiscal de atividades urbanas Pedro Jorge Oliveira Brasil é o alvo principal da megaoperação Trickster, deflagrada nesta manhã (15/03) pela Polícia Civil do DF, com o objetivo de prender 40 pessoas.
Pedro Jorge e a mulher dele, Hedvane Ferreira de Souza Brasil, foram presos em casa, no Gama, onde os policias civis da Coordenação de Combate à Corrupção, aos crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária (CECOR), realizaram uma busca e apreensão. A Justiça autorizou ainda a quebra dos sigilos bancário, fiscal e dos cartões de crédito do servidor.
Desde 2014, ele está lotado justamente numa área de controle interno, a Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (SUFISA) vinculada à Secretaria de Mobilidade do DF. O último contracheque de Pedro Jorge disponível no Portal da Transparência, de janeiro de 2018, registra um salário bruto de R$ 18.830,75.
A investigação apontou suspeitas de que ele montou um esquema de fraudes para arrecadar R$ 500 mil por semana com a inclusão de empresas fictícias e passageiros fantasmas no sistema de bilhetagem automática do DFTrans.
Na Operação Check List, policiais civis tiveram acesso a mensagens de WhatsApp do telefone de Pedro Jorge em que ele aparentemente fala sobre o esquema. A Operação Trickster descobriu outros indícios, com a interceptação de uma conversa suspeita, ocorrida em janeiro. Num trecho, ele supostamente acerta o montante: “Então, vai ficar uma vez por semana, toda vez 500 mil?”.
A CECOR reuniu indícios de que uma senha em nome de Pedro Jorge era utilizada para alimentar com informações falsas o sistema de bilhetagem automática do DFTrans. Em depoimento prestado à Delegacia de Combate aos Crimes contra a Administração Pública, o diretor-geral do DFTrans, Leo Carlos Cruz, disse ter estranhado que Pedro Jorge ainda tivesse uma senha ativa no órgão com capacidade para dar baixa em boletos de créditos de transporte não pagos. Ele trabalhou no DFTrans até 2014.
Pedro Jorge e a esposa tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Ele já é réu em denúncia do Ministério Público do DF na Operação Check List, por corrupção passiva e associação criminosa.
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