ANA MARIA CAMPOS
Promessa, meditação, sacrifício, superação pessoal, fé ou simplesmente uma experiência cultural? O ex-governador José Roberto Arruda faz pela terceira vez o Caminho de Santiago, percurso que peregrinos fazem há séculos até chegar a Santiago de Compostela, onde os restos mortais do apóstolo Santiago estão sepultados.
Pela segunda vez, Arruda faz o trajeto francês, o mais longo, saindo da cidade de Saint-Jean-Pied-de-Port, no Sul da França, para chegar a Santiago de Compostela, na Galícia, no Noroeste da Espanha, em 30 dias. Serão 792 km, andando em média 27km por dia. Há anos, ele fez o mais curto, com cerca de 200 km.
A primeira peregrinação ocorreu quando Arruda estava na casa dos 60 anos, pouco depois da Operação Caixa de Pandora, que mudou o rumo de sua vida. “Agora volto aos 70”, disse à coluna.
Peregrinos contam que a viagem é incrível e cheia de ensinamentos e descobertas. As pessoas ficam em hospedarias, albergues e até na casa de moradores que estão acostumados a receber os turistas que passam caminhando.
Mas é preciso ter preparo físico para percorrer a pé cerca de 25 km por dia, nas trilhas do caminho. Ninguém volta igual.
A chegada em Santiago de Compostela é um espetáculo. Gente do mundo todo passa por ali com mochilas e a sensação do dever cumprido após a longa caminhada até chegar a uma catedral deslumbrante.