O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) espera o fim das movimentações partidárias para definir novos nomes para o primeiro e o segundo escalão do Executivo local. A janela partidária que permite a troca de sigla sem prejuízo do mandato acaba em 18 de março e, até lá, muita coisa vai mudar no cenário político brasiliense.
Marcos Pacco é o mais cotado para a recém-criada e disputada secretaria das Cidades, que vai articular o trabalho de todas administrações regionais. A Secretaria de Justiça, sem titular desde a crise no sistema penitenciário provocada pela fuga de 10 presos, o socialista estaria negociando com a deputada distrital Sandra Faraj (SD). Igor Tokarski, que estaria de saída da secretaria adjunta de Relações Institucionais para dar lugar ao ex-assessor de Joaquim Roriz José Flávio de Oliveira, pode assumir a chefia de gabinete do governador.
O chefe do Executivo local desejava trocar alguns administradores regionais há um tempo e a dança das cadeiras nas secretarias devem reforçar essa necessidade. Se Sandra Faraj levar a Justiça, por exemplo, o padrinhado dela na Administração de Taguatinga daria lugar a um nome do PSB — Marlon Costa, assessor especial de Rollemberg, é um dos cotados. Com a ida de Pacco para Cidades, fica aberta a Administração do Plano Piloto e o retorno de Tokarski para o órgão não está descartado.
Sobradinho I, a cargo do distrital Raimundo Ribeiro (PSDB) que rompeu com o GDF mês passado, também pode ter novo administrador depois do dia 18. O Lago Sul é outra unidade que pode mudar de chefe. O socialista Eduardo Rodrigues, administrador do Itapoã e do Paranoá, quer trocar de posição no governo e a saída dele deve abrir uma disputa pela administração das duas cidades.
Para formar uma base mais sólida na Câmara Legislativa, Rollemberg ainda pode promover alterações em administrações comandadas por interinos, como é o caso do vice-governador Renato Santana em Vicente Pieres, e nas regiões gerenciadas por deputados infiéis ao governo.