Isa Stacciarini
Apesar da proibição da Justiça para que façam greve ou manifestações no Estádio Nacional Mané Garrincha, policiais civis realizam um protesto em frente à arena, a menos de uma hora do início da partida entre Brasil e África do Sul. Os representantes da categoria carregam faixas, muitas delas em inglês, cobrando investimentos na corporação e exigindo o reajuste salarial reivindicado pelos policiais. A PCDF quer isonomia com a Polícia Federal, que teve aumento de 37%.
Os policiais se posicionaram em frente a uma guarnição dos Bombeiros e de viaturas da Polícia Militar, aos gritos de “polícia, unida, jamais será vencida”. “O governo quer sucatear a polícia para que o crime organizado cresça cada vez mais. Nós não temos um governo, mas uma quadrilha”, bradava um policial. Na decisão que declarou ilegal a greve dos policiais civis, o desembargador Sebastião Coelho impôs multa de R$ 500 mil para paralisações em dias de jogo e mais R$ 500 mil em caso de manifestações na região do estádio.
O presidente da Associação dos Servidores da Polícia Civil, Francisco Pereira de Sousa, negou que o protesto tenha sido marcado em função do jogo das Olimpíadas. “A paralisação já estava programada e infelizmente coincidiu com esse dia. De certa forma, as Olimpíadas vão trazer visibilidade. A adesão é de 100% e estamos trabalhando de acordo com a lei. Não é uma forma de pressionar, mas de dar visibilidade, porque o governador não tem até hoje projeto de segurança pública para o DF”.