ANA MARIA CAMPOS
A Justiça do DF começou a trabalhar para barrar mentiras nas redes sociais que podem derrubar candidaturas. Saiu ontem (23/07) uma determinação de retirada de uma postagem do ator Alexandre Frota no Facebook com fake news contra o deputado Chico Leite (Rede), pré-candidato ao Senado.
Filiado ao PSL, partido de Jair Bolsonaro, Frota divulgou uma propaganda, como sendo de autoria do distrital, que defende a prisão do juiz Sérgio Moro. Alexandre Frota incluiu o carimbo “Não vote nele” e fez um comentário: “Querer não é poder. Fica querendo, canalha!”.
O estrago foi grande para o distrital que é procurador de Justiça e tem base eleitoral entre vários defensores da Lava-Jato. A página de Frota tem mais de um milhão de seguidores. Houve mais de 30 mil compartilhamentos, até em perfis de fãs do Moro. Os ataques a Chico Leite se multiplicaram.
O desembargador Carlos Rodrigues, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/DF), considerou que se trata de notícia inverídica e concedeu liminar para determinar a remoção da postagem em 24 horas, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia.
Nova publicação com o mesmo teor acarretará outra penalidade, de R$ 100 mil.
A história surgiu no Instagram e foi propagada por vários perfis em redes sociais.
A fake news é investigada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos e deve apontar em breve quem deu início às publicações. A Polícia Civil do DF está no rastro. Assim que houver uma conclusão, Chico Leite vai propor ações por danos morais.