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“Agressão ao PT-DF”, diz Chico Vigilante sobre apoio de Quaquá a Cappelli

Publicado em CB.Poder

Por SAMANTA SALLUM

Se no bloco de direita há tensões sobre alianças e composição de chapa, também há desentendimentos no campo da esquerda. O apoio de Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT e prefeito de Maricá (RJ), a pré-candidatura de Ricardo Cappelli (PSB) ao governo do DF provocou reações entre petistas locais. Uma das lideranças mais tradicionais do PT no Distrito Federal, o deputado Chico Vigilante afirmou à coluna que isso é uma “agressão ao PT”. Disse, ainda, que o partido não decide sob pressão. E que Quaquá não teria influência alguma na definição do nome que a legenda vai apoiar para o GDF.

Defesa de Leandro Grass e sem prévias

Chico Vigilante frisa que o PT terá candidatura própria e defende a escolha de Leandro Grass, que saiu do PV e se filiou recentemente ao Partido dos Trabalhadores. “Acho que não deveríamos fazer prévias para evitar desgastes internos”, completou. No entanto, Geraldo Magela, outra liderança tradicional do partido, quer as prévias para poder concorrer.

Arruda na sopa de letrinhas

Sobre a movimentação do campo da direita, Chico ironiza a possível volta de José Roberto Arruda (PL) ao páreo. “O Arruda, se entrar, vai atravessar os planos dos que já estão lançando chapa e comprando roupa para a posse”, brinca, referindo-se à chapa Celina Leão, Gustavo Rocha e Ibaneis.

Trajetória de “episódios constrangedores”

Outras vozes do PT-DF reagiram duramente contra a atitude de Quaquá  (foto) em apoiar Cappelli atual presidente da ABDI, para governador. “Quaquá há tempos prefere aparecer pelas polêmicas que cria do que pela contribuição real a um projeto coletivo. Não bastassem as duas comissões de ética que correm contra ele (até hoje sem que o secretário geral do PT tenha dado andamento), sua trajetória recente acumula episódios constrangedores: já saiu em defesa pública dos irmãos Brazão, posou sorridente ao lado do general Pazuelo — figuras que simbolizam o que há de mais atrasado na política nacional.” Esse é um trecho do manifesto assinado por Zé Ricardo, presidente do PT-Plano Piloto; Fábio Rosa, presidente do Sinagências e militante do PT-DF; e Daniela Matos, militante e da Direção Nacional da AE.

“Não há vácuo político”, dizem petistas

O manifesto conclama à militância a direção da estratégia política no DF e critica Cappelli. “Se agora decide meter-se na eleição do DF, o problema não é a opinião pessoal ou de dirigente nacional de Quaquá, mas a tentativa de impor uma linha que não cabe a ele. A tática no Distrito Federal cabe à militância do DF — e o PT no DF já tem pré-candidaturas. Basta lembrar a filiação recente de Leandro Grass, presidente do Iphan, e o nome do ex-deputado Geraldo Magela. Portanto, não há vácuo político que justifique o apoio a um outsider travestido de aliado.”

Izalci pretende votar contra PEC da Blindagem

O senador Izalci Lucas (PL-DF) engrossou o coro da repercussão negativa dentro do Senado à aprovação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados. Perguntado pela coluna, disse que a tendência é que vote contra a proposta e que é totalmente contra o voto secreto. Segundo o senador, é necessária, sim, uma forma de proteção à atuação parlamentar no sentido de não ficar sob ameaça de “chantagem” do STF. “Mas o meio para isso, com essa PEC, parece-me equivocado e pode ainda favorecer o crime organizado, que tenta se infiltrar ainda mais na política para ganhar imunidade, impunidade”, avalia. Já em relação à PEC da Anistia, é favorável.

Candidatura do PL ao GDF

Izalci volta a ter mais esperanças de uma possível candidatura ao GDF pelo PL se houver  descolamento do partido com a chapa de Celina Leão (PP). E reforça as palavras de Bia Kicis: “O PL não vai abrir mão de duas vagas para o Senado. A meta é eleger o máximo de senadores nos estados para se ter a maior bancada do país”. E cita o Partido Novo como um possível aliado no DF para una campanha majoritária.

Celebração jurídica 

O escritório Roque Khouri & Pinheiro Advogados celebrou 25 anos de atuação com um grande evento no Unique Palace. A data especial foi bastante prestigiada. Entre os presentes, o presidente do TJDF, desembargador Waldir Leôncio Júnior; o presidente da OAB-DF, Paulo Mauricio; e o ex-senador Cristovam Buarque, entre outras autoridades, advogados, colaboradores e convidados. Paulo Roque, sócio-fundador do escritório, foi anfitrião da festa animada, que teve show do Monobloco.

Odorico Paraguaçu em Brasília 

A clássica obra de Dias Gomes, O Bem-Amado, ganha vida no Teatro Sesc Paulo Gracindo, no Gama, de 26 a 28 de setembro (sexta e sábado, 20h; domingo, 18h), com entrada gratuita mediante doação de 1kg de alimento não perecível, em uma montagem de grande fôlego que une qualidade artística e crítica social afiada. Com Diogo Vilela no papel do inesquecível Odorico Paraguaçu, a peça expõe com humor inteligente os mecanismos do populismo, a manipulação do poder e a ética distorcida do personagem político.