Advogado Cleber Lopes: “O presidente da OAB precisa ter credibilidade para estabelecer um diálogo produtivo com as instituições”

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À queima-roupa // Cleber Lopes, advogado

Por Ana Maria Campos

Pretende concorrer à presidência da OAB-DF?
Meu nome é sempre lembrado para a Presidência da OAB, em razão da minha trajetória profissional, bem como dos anos que participei da Ordem, desde de 2003.

Na última eleição, seu grupo fez uma votação para definir o candidato e, por pouco, Jacques Veloso acabou sendo escolhido. Esse método pode se repetir?
Nosso grupo é formado por vários advogados e advogadas com plenas condições de pleitear a Presidência da OAB, o que é positivo. Por outro lado, isso torna o processo de escolha de um candidato mais difícil. O grupo tem conversado e a minha expectativa é de que haja consenso.

Acha que, se você fosse candidato, o resultado seria outro?
Ouvi de muitos, depois da última eleição, que meu nome seria vitorioso, o que me faz acreditar que agora meu nome possa ser escolhido pelo grupo.

Qual mudança você defende na gestão da Ordem?
Eu digo sempre que o presidente da OAB precisa ter credibilidade para estabelecer um diálogo produtivo com as instituições, com vistas a promover o fortalecimento da nossa entidade, com a valorização dos advogados. Sobre isso, inclusive, penso que a palavra de ordem está na qualificação profissional para que os colegas possam desempenhar seu múnus público de maneira adequada.

Acredita que haverá união de candidatos contra o grupo do Delio Lins e Silva Júnior ou mais de uma candidatura?
Como eu disse antes, espero muito que haja um consenso para que o grupo possa ser mais forte e superar a situação nas urnas. Aliás, a atual gestão da OAB-DF ganhou a eleição com o discurso de que a alternância do poder era salutar. Assim, parece que a hora é de alternar.

O governador Ibaneis Rocha é seu amigo e aliado. Isso pesa na eleição da OAB?
O governador certamente não vai participar do processo. Quanto à minha amizade com ele, embora seja verdade, não vejo motivo para preocupação, pois ele tem uma história de independência, como eu. Assim, não tenho dúvidas de que sendo presidente da Ordem, terei uma relação republicana com o governo e favorável à advocacia.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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