Ninguém é capaz de pacificar o PSDB no Distrito Federal… A direção nacional do partido anunciou ontem (31) o nome do deputado federal Izalci Lucas como presidente da Comissão Provisória do PSDB no DF. Mas a escolha desagradou a alguns dos principais nomes do partido. A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, que ostenta a ficha de filiação número 1 do PSDB de Brasília, ficou revoltada com a escolha. E disparou contra Izalci. “Ele é desagregador, não tem experiência política. O Izalci não tem programa para o partido, só tem projeto pessoal”, criticou Abadia. “Ele e entra e sai do partido toda hora. Quando sai, xinga todo mundo. Depois volta.
A ex-governadora, que trabalha com o distrital Raimundo Ribeiro, defendia o nome do deputado para liderar o PSDB-DF. A dupla organizou a eleição de 21 delegados regionais mas, como não havia consenso, foi preciso uma nova intervenção nacional. Ontem, durante uma reunião presidida pelo senador Aloísio Nunes e pelo deputado federal João Almeida, foi anunciada a composição da nova comissão temporária. O nome de Abadia estava na lista do diretório, mas ela pediu para sair do comando regional. “O PSDB do DF hoje não tem objetivos. O Aécio Neves indicou o Pitiman para concorrer ao governo no ano passado e aí o Izalci foi apoiar o Arruda. Que diabo de partido é esse, gente?”. Abadia disse que vai se dedicar agora a ajudar o PSDB nacional. “Sou tucana de pluma nobre. Não sou tucana de pena molhada, nem de bico quebrado”, finalizou a ex-governadora.
À frente do PSDB-DF pelos próximos dois anos, Izalci diz que vai priorizar os núcleos partidários regionais. “Já aprovamos o plano de trabalho. Nossa ideia é fazer como o Fernando Henrique, que defendia levar o PSDB às bases. Vamos priorizar os núcleos partidários, as zonais são instrumentos importantes”, argumentou o deputado federal. “Quero colocar um núcleo do PSDB em todas as cidades do DF. Temos que ter pontos de apoio e fazer campanhas de filiação em todas as cidades. Depois, faremos um grande seminário local”, explica. Izalci não descarta fazer eleições internas antes de 2017. “Depois do seminário, isso pode ser feito. Mas não há prazo”, argumenta.