“A PM deveria ter agido, mas não agiu porque não tinha ordens”, diz Fraga sobre fogos no STF

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Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

À QUEIMA-ROUPA

Alberto Fraga
Ex-deputado (DEM-DF)

Como foi o comportamento da PMDF no fim de semana, na derrubada dos acampamentos? Há quem diga que foi omissa e há quem diga que se excedeu com o gás de pimenta…

Foi correto. A Polícia Militar age de acordo com as ordens do Comando, culpar os que estão lá de omissão não pode. A primeira providência é saber se a ordem foi dada, se sim, a PM agiu de acordo com as ordens que recebeu. Não houve nenhum excesso, até mesmo porque ninguém tem uma “varinha de condão” para fazer com que as pessoas se levantem do local, a decisão naquele momento foi correta.

A PM é bolsonarista?

A PM não é bolsonarista, a PM é governo. De fato, a maioria dos integrantes da Polícia Militar votou no Bolsonaro. Agora, a instituição é governo e seus integrantes tomam suas próprias decisões.

Acha que os manifestantes erraram ao atacar o STF com fogos de artifício?

Com certeza. Um ato de vandalismo e desrespeito a uma instituição… Não é assim que vamos melhorar nosso país e exercer a democracia. Nesse momento, a PM deveria ter agido, mas não agiu porque não tinha ordens.

E o governador Ibaneis? Agiu corretamente?

Resta saber se o subcomandante estava no local. Se ele estava no local e se omitiu, ele então agiu corretamente. Se ele não estava no local, então foi errado. Ele teria que punir e exonerar o comandante da tropa, pois no local ele teria condições de saber o que fazer. Se ele não fez, se omitiu. Resta saber se a ordem não veio “lá de cima”.

Acredita que agora haverá um rompimento nas relações amistosas entre Bolsonaro e Ibaneis?

Não acredito. Bolsonaro tem seu jeito de ser, e Ibaneis tem o seu. São pessoas diferentes. As relações amistosas devem continuar, pois é o GDF e Governo Federal e precisam caminhar juntos, afinal o GDF precisa muito da União e o mesmo ocorre com o governo federal. Aqui é a sede do poder. As relações precisam ser amistosas, pois um precisa do outro.

E você? Vai ou não virar ministro?

Realmente não sei. Esse assunto já não me preocupa mais. Bolsonaro sabe a hora de tomar suas decisões. Disse há algum tempo que agora estou pronto para assumir uma missão no governo. Antes isso era inviável, pois, por uma injustiça da Justiça, não podia pleitear nada. O presidente sabe que agora estou em condições, se ele achar que devo ser parte de seu governo, será ótimo, mas se ele achar que não mereço, está tudo bem.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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