A Polícia Militar do DF está em processo de renovação da frota. São 290 carros novos, todos da marca Toyota, a maioria inapropriados para atuar no policiamento ostensivo.
O custo da operação é de R$ 26.103.823,00. A compra foi feita por meio de pregão eletrônico.
A corporação comprou 192 Corollas Xei (foto), ao custo unitário de R$ 100.300,00; 16 Hilux Cabine dupla, por R$ 134.854,00, cada; 37 Etios Sedan, por R$ 58.380,00; 27 Etios Hatch 1.3, por R$ 54.505,00; e 18 Etios 1.5, por R$ 58.718,70.
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Rodrigo Franco, o Gaúcho, os carros escolhidos pela corporação não são adequados para o policiamento ostensivo. “Além das viaturas, caras e de última linha, está bem explícito no edital que são viaturas para serviço velado, que é um grande problema da política de segurança pública. Hoje todo batalhão da Polícia Militar mantém dezenas de policiais militares trabalhando em carros descaracterizados e com policiais sem uniforme”, diz. “Isso é muito grave porque é isso que está tirando a sensação de segurança nas ruas”, acrescenta.
Em outubro, a Polícia Civil encaminhou processo para compra de 100 viaturas descaracterizadas para a investigação. Mas a governança barrou a compra, sob o fundamento de que não era hora de compras de veículos. Ainda foi argumentado que a frota da Polícia Civil é de 40% de veículos com mais de 10 anos de uso.
Em nota, a Polícia Militar do DF informou o seguinte:
“A aquisição das viaturas operacionais pela PMDF atendeu todas às exigências da lei de licitações, inclusive com a auditoria do Tribunal de Contas do DF. Além disso, o processo de aquisição levou em consideração vários critérios para a especificação do veículo, dentre os quais a segurança do policial militar e o melhor desempenho para a atividade de policiamento, que foram estabelecidas por uma comissão de estudos do Estado Maior da Corporação. O valor final do veículo já inclui todos os itens indispensáveis para o serviço policial militar: identificação visual, sirene, luzes de emergência e um moderno sistema de comunicação”.