Coluna Eixo Capital de 23 de dezembro de 2025, por Ana Dubeux
O filme sobre o maior símbolo da resistência à ditadura militar em Brasília tem lançamento nacional marcado para 26 de maio, na UnB. Apresentado em dois festivais — no Rio de Janeiro e em São Paulo —, o documentário Honestino foi muito elogiado e conquistou o prêmio de melhor montagem.
O diretor Aurélio Micheles, que tem ligação pessoal com a história por ter convivido com Honestino na juventude, justifica a escolha do local da estreia nacional: “Foi aqui que tudo começou”.
Sindjus pressiona Congresso
O presidente Lula sancionou parcialmente o projeto que trata do reajuste salarial dos servidores do Judiciário. A medida garante aumento de 8% a partir de julho de 2026, mas veta os reajustes previstos para 2027 e 2028. O Sindjus, no entanto, prepara uma mobilização no próximo ano para pressionar deputados e senadores pela derrubada do veto presidencial e, assim, assegurar o índice de 25,97%, encaminhado pelo STF e aprovado pelo Congresso.
O dia para não esquecer
Lula convocou todos os ministros a participarem, na Esplanada dos Ministérios, do ato de 8 de janeiro, data de um ataque que marcou profundamente a história política do país e transformou Brasília na maior vitrine do massacre orquestrado contra a democracia brasileira. Os presidentes do Senado e da Câmara foram convidados, mas ainda não confirmaram presença.
Medo entre os corredores
O assassinato de um homem na madrugada de domingo, no Parque da Cidade, assustou quem pratica atividades físicas nas primeiras horas do dia. Dois corredores — uma mulher e um homem — foram os primeiros a ver o corpo caído nas proximidades da pista de kart. A vítima, com idade estimada entre 35 e 40 anos, tinha um grande ferimento no pescoço e perdeu muito sangue. “Era uma poça enorme. Dá medo ver uma cena dessas no local onde a gente corre praticamente todos os dias”, disse ao Correio o homem que acionou o 190.
Entre o sonho e a realidade
Sob o título Nossos Brasis: entre o sonho e a realidade, em cartaz desde outubro, a Caixa Cultural apresenta uma exposição imperdível com 79 obras de 50 artistas, em um recorte de 100 anos da arte brasileira (1920–2020). A mostra resulta do encontro entre acervos do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília e tem curadoria de Denise Mattar. Estão reunidas obras de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Burle Marx, Beatriz Milhazes, Lygia Pape, Hélio Oiticica, Djanira e Portinari, entre outros. A obra Carnaval, de Di Cavalcanti, permaneceu fora do Brasil por quase 90 anos, sob posse de um colecionador de arte. Após a morte dele, há dois anos, o país conseguiu reaver a obra. Aproveite o feriado para conhecer o rico acervo da exposição.
Galeria lança edital
A Galeria Risofloras, instalada na Praça do Cidadão, em Ceilândia, abriu inscrições para selecionar artistas e coletivos interessados em participar da programação de exposições do espaço cultural em 2026. Serão escolhidas até 10 propostas do Distrito Federal e do Entorno, que permanecerão em cartaz por quatro semanas cada, entre fevereiro e novembro do próximo ano. Os selecionados receberão ajuda de custo de R$ 2.500. A Risofloras se consolidou como um dos espaços mais importantes para a circulação da cultura do DF. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pela internet.