Tarifas públicas - privatização da CEB
Tarifas públicas - privatização da CEB Crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press Tarifas públicas - privatização da CEB

19 de junho será o dia D para privatização da CEB

Publicado em CB.Poder

Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

O dia “D” para a definição dos rumos da CEB é 19 de junho. A assembleia de acionistas da empresa vai definir o plano de negócios e pode alterar o projeto estratégico definido no governo Rollemberg. A meta da gestão passada era vender a participação do GDF nas subsidiárias da companhia que atuam na geração de energia, como Corumbá IV, Corumbá III e Lajeado. Agora, o foco pode mudar. Essas empresas são lucrativas e a deficitária é a CEB Distribuição. Só nos três primeiros meses do ano, a empresa teve prejuízo de R$ 29 milhões. No ano passado, mesmo com aporte de recursos do Tesouro, o deficit foi de R$ 33 milhões. Na assembleia, a direção da CEB vai informar aos acionistas que há um desequilíbrio econômico na empresa e há necessidade urgente de um aporte de R$ 426 milhões.

Opção ideológica

No governo Rollemberg, o plano de negócios da CEB previa a venda das empresas de geração de energia, que dão lucro líquido de R$ 90 milhões por ano. Foi uma decisão sintonizada com o olhar político. Com a venda de ações das subsidiárias, empregos seriam poupados. Mas era como matar a galinha dos ovos de ouro para colocar o dinheiro num buraco sem fundo. Nos últimos anos, para conter o rombo da CEB Distribuidora, a holding queimou ativos, com a alienação de imóveis, a exemplo da sede na 904 Sul vendida para a Eletrobras.

Pressa

A pressa do governo em encontrar uma solução para o desequilíbrio da CEB tem motivo. Uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu regras mais rígidas para o controle da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de empresas de energia em situação de risco. Se a CEB terminar este ano novamente no prejuízo, a concessão será cassada e não haverá condições nem mesmo de vender ações. A concessão será entregue a outro grupo, por meio de licitação.

UnB deve R$ 220 milhões

Em meio ao contingenciamento do orçamento da UnB, a CEB negocia com o Ministério da Economia uma fatura de R$ 220 milhões da universidade. O motivo é que, durante o governo de Cristovam Buarque, foi aprovada uma lei que isentava a UnB de pagamento de conta de luz. Mas depois a lei foi considerada inconstitucional e restou uma dívida milionária.

Gestão

Ex-comodoro do Iate, o presidente da CEB, Edison Garcia, assumiu a gestão no clube com um deficit de R$ 1,7 milhão e a passou ao sucessor com R$ 10 milhões em caixa. É tudo o que o governador Ibaneis Rocha espera que aconteça na CEB.

Artistas pedem pressa em julgamento do processo do FAC no TCDF

A Frente Unificada de Cultura do Distrito Federal esteve no Tribunal de Contas do DF para acompanhar o julgamento do pedido cautelar que impede o cancelamento do edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) que contemplaria 270 projetos de todas as linguagens artísticas. Uma representação do Ministério Público de Contas do Distrito Federal discute o assunto. Dois pedidos de vista consecutivos, dos conselheiros Inácio Magalhães e Manoel de Andrade, suspenderam o julgamento duas vezes. Os artistas pedem pressa numa solução. A decisão do governo Ibaneis Rocha é suspender o programa para direcionar recursos para a reforma do Teatro Nacional.

Mais um advogado

Mais um advogado atuante vai exercer cargo no governo de Ibaneis Rocha. O governador nomeou o sócio, Odasir Piacini Neto, para a função de chefe da Unidade de Pessoal da Assessoria Jurídico-Legislativa, do Gabinete, da Secretaria de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão.

Procura-se um partido, mas não pode ser qualquer um

Sem partido há três anos e quatro meses, o senador José Antônio Reguffe (DF) está procurando uma legenda para se filiar, mas não está fácil. O problema não é a falta de portas abertas e, sim, as regras impostas por Reguffe para assumir um compromisso com alguma sigla. Ele busca um partido de centro, mas que seja democrático e não fisiológico, não do Centrão. Um partido que seja independente e não tenha cargos nem no governo federal nem no local. E mais: “Procuro um partido que me dê liberdade para me manter independente e poder continuar representando com dignidade quem votou em mim”. Ou seja, ele não quer ser obrigado a seguir uma posição fechada com a qual não concorde e vá na contramão dos seus compromissos com o eleitor. Qual se enquadra?

Só papos

“Eu estou à disposição, tanto da minha instituição quanto do país, para uma eventual recondução. Eu não sei se isso vai acontecer”

Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cujo mandato termina em setembro, mas não entrou na disputa pela lista tríplice eleita pela classe

“Dez procuradores concorrem ao cargo em votação interna no MPF para lista de três nomes. Escolher o novo PGR a partir dessa lista tende a fortalecer a isenção no cargo”

Procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba, que não está no páreo pelo comando do MPF

Mandou bem

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Atlas da Violência 2019 aponta o Distrito Federal como a unidade da Federação com a segunda maior redução na taxa de homicídios nos últimos 10 anos. A queda foi de 31,4%, atrás apenas de São Paulo, onde caiu 33,5%.

Mandou mal

Investigação da Operação Dolus Malus, realizada por policiais da Cecor, apontou que 17 PMs são suspeitos de realizar uma força-tarefa para prender um traficante apenas para roubar o carregamento da droga, cerca de 300 kg de maconha, depois de torturá-lo para obter informação. Desses, 13 tiveram a prisão preventiva decretada pela Auditoria Militar.

Enquanto isso… Na sala de Justiça

A ministra Rosa Weber, do STF, concedeu liminar que desobriga a OAB a prestar contas, conforme havia sido definido em acórdão do TCU. A ministra suspendeu essa determinação até o julgamento do mérito da ação em que o Conselho Federal da OAB questiona a medida.

Jogo de cintura na Fazenda

Não se pode dizer que falta jogo de cintura na Secretaria de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão. Nomeada em março, a chefe da Unidade de Cooperação Técnica Internacional da pasta, Sarah Fischer, é fera na dança do ventre. Ela viajou o mundo se apresentando e brilhou com a habilidade dos movimentos em países árabes como Marrocos, Líbano e Emirados Árabes. Com sobrenome alemão e paixão pela cultura do Oriente Médio, ela é de Brasília e agora integra a equipe de André Clemente, que trabalha em busca de equilíbrio fiscal. No Brasil, Sarah se exibiu no programa do Serginho Grossmann e no Clube do Choro. Mas também tem currículo para o cargo de assessora internacional. Formada em direito e em administração, fala três idiomas e morou muitos anos em Dubai.