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Farmácias e drogarias em oposição ao presidente da Fecomércio do Ceará

Publicado em Coluna Capital S/A

Por SAMANTA SALLUM

Sindicatos e associações que representam farmácias e drogarias de todo Brasil estão manifestando apoio ao Sincofarma/DF depois que a entidade iniciou um movimento em oposição ao presidente da Fecomércio do Ceará, o deputado federal Luiz Gastão (PSD/CE). A divergência é sobre o piso salarial nacional dos farmacêuticos. Ele é o relator na CAF do projeto de lei que cria o piso para a categoria. E deu parecer favorável para que seja de R$ 6,5 mil.

O deputado está sendo procurado pelas entidades e empresários do varejo farma brasileiro mas não está os atendendo.

No DF, não há piso. Mas a média é de R$ 3,5 mil. As farmácias, por lei, são obrigadas a ter um farmacêutico permanentemente.

“Embora reconheçamos a importância da valorização dos profissionais da categoria, não podemos deixar de alertar para as graves consequências. A implementação de um piso elevado pode resultar na redução da oferta de empregos, especialmente para jovens profissionais em início de carreira; e fechamento de pequenas e médias farmácias, incapazes de suportar os custos adicionais. Elas hoje representam mais de 70% do segmento e que faturaram pouco mais de R$ 60 mil mês”, afirmou o presidente do Sincofarma/DF, Erivan Araújo.

Negociação coletiva

O sindicato defende que a definição de pisos salariais deve ser resultado da negociação coletiva entre sindicatos laborais e patronais, respeitando as particularidades econômicas e regionais de cada localidade. E conclamou todos os sindicatos patronais do Brasil a se unirem “em defesa da sustentabilidade das pequenas e médias empresas e a buscarem, conjuntamente, alternativas equilibradas que valorizem os profissionais de farmácia sem comprometer a viabilidade do setor”.

No final do ano passado, a Comissão de Trabalho da Câmara debateu a falta de um piso salarial para os farmacêuticos de Brasília desde 2017, quando foi questionada a convenção coletiva que estava em vigor. Os profissionais reclamam de salários inferiores a R$ 1,5 mil em comparação a mais de R$ 5 mil quando havia o acordo com os patrões.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma), Erivan Araújo, disse que as farmácias têm 70% dos preços de medicamentos controlados pelo governo. Ele afirmou, na ocasião, que o lucro líquido médio das independentes, que representam mais de 82% do total de farmácias, é de pouco mais de R$ 4 mil por mês, e demonstrou preocupação caso o piso volte a vigorar

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