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“O Brasil ainda pode manter o controle sobre o seu futuro digital”, diz Nobel de Economia

Publicado em Coluna Capital S/A

      “A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes.” Khalil Gibran

Coluna Capital S/A de 16 de outubro 

Por SAMANTA SALLUM

Para um público seleto de empresários do comércio, serviços e turismo, o Global Voices 2025, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), reuniu dois dos maiores nomes da economia mundial — ambos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia: o norte-americano Paul Romer e o britânico James Robinson. Ao longo de um dia de debates, especialistas brasileiros e estrangeiros discutiram, em São Paulo, competitividade, inovação, sustentabilidade e desenvolvimento humano.

Combate ao monopólio digital

O Nobel de 2018, Paul Michael Romer, afirmou que o Brasil tem condições para se tornar uma potência em inovação aberta, ciência e regulação tecnológica, desde que fortaleça suas instituições e combata os monopólios digitais.

“O Brasil ainda pode manter o controle sobre o seu futuro digital. Vocês têm talento, diversidade e uma tradição científica que podem inspirar o mundo. Mas precisam de um governo capaz de dizer ‘não’ quando os riscos são altos”, destacou Romer

Microsoft e Standard Oil

Já o Nobel de 2024, James Robinson, enfatizou que o subdesenvolvimento persistente da América Latina decorre de instituições frágeis e pouco inclusivas, incapazes de sustentar a inovação. Ele defendeu políticas antimonopólio e citou exemplos históricos dos Estados Unidos, como os casos Microsoft e Standard Oil, para ilustrar como a regulação pode impedir a concentração de poder econômico e incentivar a concorrência. “O ponto-chave é alinhar os incentivos dos indivíduos aos da sociedade”, apontou.

Participação do Distrito Federal

A comitiva do Distrito Federal foi liderada pelo presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, que convidou sete representantes de empresas brasilienses que são importantes contribuintes do Sistema Sesc-Senac da capital, e juntas empregam mais de 25 mil pessoas no DF e em outros estados.  Participaram Matheus Falcão Lacerda (G4F Soluções Corporativas Ltda), Janete Vaz (Laboratório Sabin de Análises Clínicas S.A.), Bruno de Carvalho Araújo (Fóton Informática S.A.), Fábio de Carvalho (Brasil 5G Comércio, Serviços e Intermediação Ltda) e Sérgio Luiz Pompeu S. (Jomaga Participações Ltda).

Loft aposta no Centro-Oeste para crescer

O último Censo apontou que mais de 30% dos imóveis do DF são ocupados por meio de aluguel, a maior taxa em todo o país. Isso pode estar relacionado ao fluxo de servidores públicos e profissionais de outros estados que se mudam para a capital federal para temporadas de trabalho. A Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, aposta no Centro-Oeste para crescer, especialmente em Brasília.

A companhia, que já é líder em fiança locatícia (aluguel sem fiador) na região, com 43% de market share, vai focar agora na distribuição dos seus serviços de originação de crédito imobiliário (financiamento e crédito com garantia de imóvel) e gestão para imobiliárias da região, com foco em venda cruzada.

Uso de títulos públicos como caução

“O potencial de crescimento é claro, pois, antes mesmo de intensificarmos a nossa atuação na região, Brasília se tornou a praça com o maior número de contratos de aluguel garantidos pelo Garantia Investe. São quase R$ 4 milhões investidos, explica Ricardo Kauffman, Diretor de Comunicação Institucional da Loft. Lançado em novembro de 2024, o modelo permite o uso de títulos do Tesouro Direto como caução em aluguéis. Além de mais flexível, por não ter um valor máximo para investimento, o produto é certificado pelo Banco Central.

Parceria com imobiliárias

Hoje, 23% das imobiliárias parceiras da Loft em Brasília e 41% em Goiânia já operam com mais de um produto ou serviço da empresa. Nas duas praças, a expectativa para os próximos dois anos é mais que dobrar a participação de mercado nos dois segmentos — crédito e gestão imobiliária — hoje por volta de 15%.

Fórum de tecnologia para a construção civil

Estão abertas as inscrições para o 3º BIMTech Fórum Centro-Oeste – Edição 2025, um dos maiores encontros regionais de tecnologia no setor e que será realizado, no dia 28 de outubro (terça-feira), das 8h às 18h30, em Brasília. O evento será no auditório do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), realizador do fórum. As vagas são limitadas. O tema principal é BIM como motor da industrialização da construção civil. O Building Information Modelling (BIM), em português, Modelagem da Informação da Construção, é uma tecnologia que vem sendo adotada cada vez mais na construção civil.

Redução de erros e mais qualidade nas obras

“O BIM proporciona às empresas uma redução significativa nos erros de compatibilidades e uma maior confiabilidade nos projetos, com avanço nas entregas de qualidade. A metodologia garante maior previsibilidade orçamentária, de planejamento e de execução de obra”, explica a Diretora de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat) do Sinduscon-DF, a arquiteta Cândida de Almeida Maciel.

Doação de alimentos

A inscrição custa R$ 60 para o público em geral e R$ 30 para profissionais de empresas associadas ao Sinduscon-DF. Para essas duas categorias, há também opção de entrada livre com doação de 1kg de alimento não perecível. A entrada é gratuita para universitários, mediante apresentação de carteira de estudante ou comprovante de matrícula do semestre vigente. O evento oferece certificado com carga horária de participação.

Acompanhe a Capital S/A na TV Brasília todas as terças e quintas-feiras, 18h10 no JL ao vivo.

 

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