Por Samanta Sallum
O Distrito Federal exportou um total de US$ 7,8 milhões de dólares em 2024 para o mercado norte-americano. Esse valor representa um crescimento de 21% em relação ao ano anterior. Em 2024, os Estados Unidos apresentaram participação de 3% do total exportado e ocuparam a 6ª posição entre os principais destinos das exportações do Distrito Federal, atrás de países como China, Arábia Saudita e Japão.
A coluna apurou que 90,6% das exportações do Distrito Federal para os Estados Unidos serão diretamente impactadas pelas novas tarifas. Os dados são da Centro Internacional de Negócios do DF, liderado pela Federação das Industriais do DF (Fibra).
O maior interesse norte-americano é por produtos de maior valor agregado provenientes da indústria local. Diante disso, as exportações do Distrito Federal para os Estados Unidos em 2024 foram impulsionadas principalmente por produtos industriais, com destaque para os setores de alimentos, químicos, vestuário e acessórios e derivados de petróleo.
Os principais itens exportados foram gorduras e óleos animais ou vegetais, que totalizaram US$ 2,97 milhões. Em seguida, sobressai-se o segmento de alimentos industrializados, com “misturas e pastas, somando US$ 1,6 milhões; e “outros produtos de padaria”.
O setor têxtil também apresentou desempenho relevante, especialmente com a exportação de peças de vestuário em malha — como saias e saias-calças e camisas e blusas de uso feminino, que alcançaram US$ 768 mil.
Retração em 2025
Entre os meses de janeiro a julho de 2025, as exportações do Distrito Federal somaram US$ 4,1 milhões. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, esse valor representou um decréscimo de -19%. A retração nas exportações refletiu o mesmo movimento observado nas vendas externas totais do Brasil. Esse modelo de mercado apresentou uma variação negativa de 12% no período em análise — passando de US$ 22 bilhões no primeiro semestre de 2024 para US$ 20 bilhões no mesmo intervalo de 2025.
Segundo mercado fornecedor do DF
Em 2024, o Distrito Federal importou um total de US$ 312,6 milhões em produtos dos Estados Unidos, que se consolidaram como o segundo principal fornecedor para o mercado consumidor brasiliense, respondendo por 19% do total da região. Entre os itens mais adquiridos destacam-se os fármacos e farmoquímicos (US$ 233,8 milhões), seguidos por produtos químicos (US$ 34 milhões) e equipamentos de informática e eletrônicos (US$22 milhões).
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