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Tarifaço: Abrasel busca apoio das empresas americanas de fast-food

Publicado em Coluna Capital S/A

Entidade brasileira procurou a National Restaurant Association para alertar que setor nos EUA também vai sofrer com o aumento de custo de insumos, como suco de laranja e carne

Por Samanta Sallum

Às vésperas do início de nova taxa que os EUA definiram para os produtos brasileiros, empresários aqui se mobilizam para enfrentar o problema. A coluna apurou que a Abrasel, entidade brasileira que representa esse setor que inclui bares e restaurantes, busca apoio internacional para ajudar a reverter a situação. Entrou em contato com a entidade que tem o mesmo papel nos EUA. Pois o setor lá enfrentará aumento nos custos de insumos como suco de laranja, pescados, carne, café e frutas.

A Abrasel enviou, ontem, uma carta à National Restaurant Association (NRA), pedindo apoio para que seja revista a medida do presidente Donald Trump de aplicar uma taxação de 50% sobre as exportações brasileiras. A NRA defende os interesses de milhões de estabelecimentos norte-americanos e mantém uma relação próxima com a Abrasel.

“O setor de alimentação fora do lar é um elo direto entre os países, e medidas como essa colocam em risco não apenas negócios, mas também relações construídas com respeito e cooperação. É hora de unir vozes em defesa do bom senso e da parceria comercial”, afirma Paulo Solmucci (foto), presidente da Abrasel.

Também tem um outro lado importante de lembrar: que os brasileiros podem perder a receptividade e o gosto que têm pelas empresas norte-americanas estabelecidas no Brasil, especialmente do setor de alimentação, daquelas marcas bem conhecidas que sempre encontraram no Brasil. Assim, também elas seriam afetadas economicamente pela medida.

Para a entidade, é essencial que outras organizações representativas de setores econômicos brasileiros se mobilizem, somando forças com empresas dos EUA que serão prejudicadas pela dificuldade de importar produtos do Brasil. A expectativa é de que essa articulação contribua para sensibilizar o governo dos Estados Unidos e evitar uma taxação considerada abusiva e injusta.

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