Coluna Capital S/A de14 de julho
Por Samanta Sallum
Na guerra das narrativas, o governo federal tratou logo de lançar nas redes sociais um vídeo que defende a soberania nacional, em resposta a Donald Trump, na voz de brasileiros de todas as idades. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, replicou e ainda acrescentou: “O Brasil é dos brasileiros e se escreve com S de soberania. Nunca seremos Brazil”
Efeito bumerangue
Lulistas culpam bolsonaristas e vice-versa. O Agro e a Indústria serão muito prejudicados com o tarifaço. Na guerra política brasileira, em que Trump mostrou posição em favor de Bolsonaro, está sobrando prejuízo para todos os lados.
Papéis trocados
A China, que não segue as diretrizes da OMC, saiu em defesa do Brasil. E os EUA passam por cima das regras que eles mesmo defendiam, de não misturar relações políticas com comerciais para retaliar o Brasil e outros países.
Auditores fiscais do Agro reagem à privatização de inspeções sanitárias
Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), além do tarifaço de Trump, a exportação de carnes brasileiras está ameaçada também pela regulamentação da Lei do Autocontrole. Ela abre caminho para a privatização das inspeções sanitárias e, segundo o sindicato, representa “uma ameaça concreta à credibilidade do Brasil no mercado internacional.” A proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária prevê o credenciamento de pessoas jurídicas para executar atividades técnicas e operacionais de defesa agropecuária, entre elas as inspeções ante mortem e post mortem de animais, fundamentais para garantir a segurança dos alimentos consumidos.
Na prática, frigoríficos poderão contratar empresas privadas para realizar inspeções, o que configura, para o Anffa, “um grave conflito de interesses e grandes riscos à saúde pública global.” E apontam os EUA como referência, cuja atividade é conduzida pelo Estado. Já as empresas alegam que a reação dos auditores é corporativa por receio de redução de poderes.
Parceria CGU e OAB/DF pela ética no setor empresarial
A Controladoria-Geral da União (CGU) e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Distrito Federal (OAB-DF) se reuniram na semana passada para tratar de parceria em prol da ética e da integridade no setor privado. Durante a reunião, o Pacto Brasil pela Integridade Empresarial foi o tema central. E fortalecer a atuação dos profissionais da advocacia corporativa é uma das metas.
“O Pacto Brasil é um instrumento fundamental para promover um ambiente de negócios mais justo, competitivo e ético. A colaboração com a OAB-DF é essencial para ampliar o alcance dessa agenda”, destacou Marcelo Vianna, secretário de Integridade da CGU.
Expertise jurídica para boas práticas
A OAB-DF reforçou o interesse em atuar como parceira institucional no fomento à integridade empresarial, contribuindo com expertise jurídica para a disseminação de boas práticas e capacitação dos profissionais da área.
Representando a OAB-DF, participaram o secretário-geral Marcelo Almeida, o diretor de Integridade, Inácio Alencastro, e a coordenadora de Integridade, Dayane Andrade.
CCBB Brasília em homenagem a Paulo Gustavo
A comédia satírica Matilde, idealizada por Paulo Gustavo em 2015, chega ao CCBB Brasília entre 17 de julho e 10 de agosto como tocante homenagem ao artista, que faleceu durante a pandemia. A peça, concebida para sua amiga íntima Malu Valle, celebra os 35 anos de carreira da atriz e reverencia o legado de Paulo, revisitando a cumplicidade artística que os unia desde a peça Infraestruturas (2005).
Na montagem dirigida por Gilberto Gawronski, Malu vive Matilde, uma viúva de 60 anos cuja rotina se transforma ao alugar um quarto para um jovem ator (Ivan Mendes). Com texto de Julia Spadaccini, a trama aborda envelhecimento e preconceitos com o humor característico de Paulo Gustavo.
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