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“Inflação dos alimentos avança pelo quinto mês e exige cautela dos consumidores”, diz Associação dos Supermercados

Publicado em Coluna Capital S/A

Ovos, café e frango congelado registraram as maiores altas em janeiro. Veja valores da cesta por estado 

Por Samanta Sallum

A Associação Brasileira de Supermercados – Abras aconselha os consumidores a terem “cautela” na hora de escolher produtos e a buscar preços competitivos. Vale lembrar que o presidente Lula recentemente, em declaração polêmica, aconselhou a população a boicotar estabelecimentos que vendem alimentos mais caros. A controvérsia se deu por desconsiderar que se tratam de alimentos da cesta básica, de primeira necessidade e por responsabilizar os empresários pela inflação dos alimentos.

O AbrasMercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados –, apesar de indicar que, em janeiro, os preços continuaram aumentando, o índice de alta registrou uma desaceleração após altas consecutivas. No mês, a variação foi de +0,78%, abaixo dos +1,82% de dezembro e dos +3,02% de novembro.

O preço dos ovos disparou no último mês. A Abras também alertou para o aumento expressivo no preço dos ovos de galinha repassado pelos fornecedores ao varejo. Nos mercados, a alta chega a 40% em diversas regiões do país.

Cesta básica 

O preço médio da cesta de 35 produtos de largo consumo passou de R$ 794,56 para R$ 800,75 na média nacional.

“Enquanto o crescimento do emprego e da renda impulsionou o consumo nos lares, a inflação dos alimentos e bebidas, que avança pelo quinto mês consecutivo, pressiona o poder de compra e exige dos consumidores mais cautela na composição da cesta de abastecimento e uma busca ainda mais intensa por preços competitivos nos supermercados”, analisou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Os principais  aumentos foram observados no café torrado e moído (+8,56%) e no açúcar refinado (+1,78%). O aumento nos preços do café foi ainda mais expressivo nas regiões Sul (+12,39%) e Norte (+11,53%). Em 12 meses, a alta acumulada é de +50,34% na média nacional.

Na cesta de proteína animal, as maiores elevações foram registradas no frango congelado (+2,51%), na carne bovina – corte do traseiro (+1,74%) e nos ovos (+0,89%). Em contrapartida, o pernil (-0,95%) e a carne bovina – corte dianteiro (-1,45%) apresentaram recuo.

Alta acumulada 

No acumulado dos últimos 12 meses, os preços das carnes registraram os seguintes aumentos: carne bovina – corte dianteiro (+25,97%) e traseiro (+20,61%), pernil (+18,91%) e frango congelado (+10,33%).

Em hortifrutigranjeiros houve aumento expressivo no valor do tomate (+20,27%) e da cebola (+7,99%). Já a batata (-9,12%) registrou recuo nos preços.

Cesta com 12 produtos 

No recorte da cesta de alimentos básicos composta por 12 produtos, os preços permaneceram praticamente inalterados em janeiro, com uma leve variação de 0,10%, passando de R$ 345,23 para R$ 345,56 na média nacional.

Entre os itens que registraram queda nos preços, destacam-se: leite longa vida (-1,53%), carne bovina – corte dianteiro (-1,45%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%) e arroz (-0,54%).

Nas capitais e nas regiões metropolitanas, os preços da cesta em janeiro foram: São Luís (MA) R$ 298,44; Recife (PE) R$ 299,69; Salvador (BA) R$ 302,62; Aracaju (SE) R$ 302,85; Fortaleza (CE) R$ 305,00; Goiânia (GO) R$ 341,46; Campo Grande (MS) R$ 345,93; Brasília (DF) R$ 346,58; Rio deJaneiro (RJ) R$ 353,05; São Paulo (SP) R$ 355,51; Grande Vitória (ES) R$ 356,20; Belo Horizonte (MG) R$ 359,28; Curitiba (PR) R$ 366,06; Porto Alegre (RS) R$ 370,87; Rio Branco (AC) R$ 419,80; Belém (PA) R$ 422.

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