Obra inaugurada em dezembro de 2002 precisa de manutenção. TCDF pediu ampliação do serviço para todos os blocos e pilares de sustentação
Por Samanta Sallum
A Novacap informou ao Tribunal de Contas do DF que vai revogar o edital da primeira etapa de obras de manutenção da Ponte JK, após constatar a necessidade dos ajustes apontados pelos auditores. A decisão foi confirmada durante reunião entre representantes da Novacap e o relator do processo que analisa a licitação na Corte, desembargador Renato Rainha. Também participaram do encontro auditores de controle externo do TCDF.
“Nós pedimos que a nova licitação seja conduzida com a máxima urgência, considerando a importância da obra para a segurança e a mobilidade da população, mesmo eles nos garantindo que não há risco de desabamento da ponte”, afirmou Renato Rainha.
Juntas de dilatação
Em abril, a Novacap começa a subsitiuição das juntas de dilatação. Mas a reforma estrutural mesmo depende desse edital analisado pelo TCDF.
Transparência nos custos
A licitação havia sido suspensa pelo Tribunal de Contas devido a falhas no planejamento da obra, como a falta de justificativa técnica para a exclusão de alguns blocos de fundação no projeto de reforma e a ausência de critérios claros para o tratamento de fissuras. Além disso, a Corte de Contas identificou inconsistências nos preços unitários de diversos serviços e exigiu maior transparência na composição dos custos da obra.
Uma nova inspeção com apoio do Corpo de Bombeiros também foi realizada, e uma das principais mudanças será a ampliação dos estudos técnicos nos pilares e blocos de fundação.
Impacto da água
Há 10 anos, uma análise por amostragem avaliou apenas quatro pilares da ponte. Agora, todos os 12 blocos e pilares serão inspecionados, incluindo aqueles submersos. O objetivo é verificar como a ação da água pode estar impactando a estrutura de concreto, identificando possíveis fissuras causadas por reações físico-químicas ao longo do tempo.