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“Presidente Lula não deveria perder a oportunidade de zerar o deficit de policiais” diz ADPF

Publicado em Coluna Capital S/A

Entidade reclama do baixo orçamento da Polícia Federal, que está deixando de pagar indenização sobreaviso 

Por Samanta Sallum

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro, afirmou que o orçamento destinado à instituição para 2025 é o menor dos últimos três anos. “Seriam necessários, pelo menos, R$ 2,7 bi. E apenas destinaram R$ 1,5 bi. Tem alguém no governo federal que não gosta da PF”, destacou, durante entrevista ao programa CB Poder, às jornalistas Samanta Sallum e Ana Maria Campos.

O orçamento da União para 2025 ainda será votado no Congresso e a entidade pretende se mobilizar para tentar aumentar os recursos. E pede a atuação mais forte do ministro da Justiça, Ricardo Lewandoviski.

Segundo Leiro, um dos principais efeitos da escassez de recursos é o não pagamento da indenização de sobreaviso dos delegados e policiais. “Isso vem gerando grande insastifação, pois o servidor tem uma série de restrições na sua vida para estar à disposição do trabalho e não está recebendo. E, no final das contas, para o governo não representa assim tanto dinheiro, mas, para o bolso do servidor, faz muita diferença”, reforçou.

Leiro apontou, ainda, o deficit de 1,8 mil profissionais na instituição. E a importância da liberação, pelo Ministério da Gestão, do concurso público ainda neste ano. “O presidente Lula pode ser o primeiro a zerar esse deficit, tem essa oportunidade”, reforça.

Ele ainda ressaltou que a atual remuneração de delegado da PF não está sendo atrativa. “Não está mais entre a principais opções de carreira para quem é da área “, lamentou.

PEC da Segurança

A Polícia Federal enfrenta insatisfação em relação à proposta da PEC da Segurança Pública, que não contempla demandas históricas fundamentais da corporação. “A proposta fortalece a nova força policial, mas negligencia a necessidade de priorizar a Polícia Federal, principal responsável pelo combate à criminalidade em âmbito federal”, disse Leiro.

Entre os principais pontos criticados está a ausência de garantias plenas de autonomia funcional, administrativa e financeira, indispensáveis para assegurar a independência da instituição.

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