Presidente da entidade pede convergência entre Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Judiciário
Por Samanta Sallum
Diante da escalada do dólar e do aumento da taxa de juros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga hoje um posicionamento do presidente da entidade, Ricardo Alban. Um alerta para a necessidade urgente de união de todos os setores para que a economia brasileira possa continuar a crescer.
“A convergência entre o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Judiciário, somada à participação dos governos estaduais e municipais, configuraria um passo fundamental para a mitigação de riscos, pois envolveria regras claras de responsabilidade fiscal associadas a estímulos para setores estratégicos, como a indústria e o agronegócio”, destaca Alban.
Consenso por metas fiscais
A proposta é criar um consenso em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes, garantindo que, enquanto se busca o equilíbrio das contas públicas, haja também estímulos seletivos que assegurem a continuidade dos investimentos.
O debate sobre o rumo da política fiscal e monetária se acirrou apesar das medidas de corte de despesas do governo federal. O patamar da contenção, cerca de R$ 70 bilhões em dois anos, não elimina, sozinho, os riscos à economia.
A manutenção de juros altos encarece a dívida pública — cada ponto percentual de acréscimo na Selic adiciona algo em torno de R$ 50 bilhões por ano aos gastos do governo. E também desestimula quem pretendia investir e gerar emprego no país
“O risco à industria e ao agro em 2025 é real. A exigência de estabilidade cambial, de juros mais baixos e de disciplina orçamentária não pode ser negligenciada. Propomos o pacto que envolva todos os Poderes, os empresários e os trabalhadores”, reforça Ricardo Alban, presidente CNI.